Paris 2024: Paraense Fernanda Yara é ouro nos 400m, em dobradinha brasileira
A paraense Fernanda Yara, 38, conquistou neste sábado, 31, sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos – e foi logo de ouro. Ela venceu a prova dos 400m, da classe T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 56s74 — o melhor tempo de sua carreira. A potiguar Maria Clara Augusto, 20, ficou com o bronze , com o tempo de 57s20. A venezuelana Lisbeli Vera Andrade completou o pódio — ela fez o tempo de 56s78.
Esta é a terceira vez que Fernanda Yara participa dos Jogos Paralímpicos. A atleta nascida em Curionópolis também disputou a edição de Tóquio 2020 e também a edição de Pequim 2008.
Após ficar no quase em Tóquio, onde chegou como a quarta melhor de sua categoria, Fernanda consolidou-se como favorita ao ouro com o bicampeonato mundial nos 400m, em Paris 2023 e em Kobe 2024.
“Então, o que acontece? A venezuelana é forte, então eu sabia que ela ia fazer os primeiros 300 metros muito fortes. Então, eu fiz a minha corrida e, no momento de atacar, eu ataquei, mas ela teve reação e veio atrás; eu estava procurando a câmera para vir junto, quando eu vi a câmera, eu vi um vulto, quando eu vi o vulto eu fui embora, e quando eu cheguei eu botei o peito assim [para a frente]”, declarou Fernanda Yara ao SporTV, destacando a vitória emocionante, com apenas 0s04 de vantagem para a segunda colocada.
Maria Clara Augusto, por sua vez, faz sua estreia em Jogos Paralímpicos. A jovem atleta foi prata nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e bronze no Mundial de Paris 2023.
“É uma experiência única, a minha primeira, meu primeiro pódio, então eu nunca tinha vivido isso aqui tudo. Já tinha passado pelo mundial no Japão, mas nunca foi uma estrutura desse tamanho, então fica ainda mais mágico a corrida, a prova com esse tanto de gente assistindo e apoiando”, disse Maria Clara em entrevista ao SporTV.
Fernanda tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo. Ela competia no atletismo convencional e migrou para o paradesporto em 2008.
Maria Clara tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo. Começou a praticar atletismo em um projeto da cidade onde morava, aos 11 anos. No ano seguinte, conheceu o esporte paralímpico após ser convidada para a seletiva das Paralimpíadas Escolares.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)