Pastoral do Idoso atende 700 famílias por mês

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu, na Tribuna Livre desta quarta-feira (23), representantes da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI).

A convite do vereador Serginho do Posto (União), a coordenadora nacional da entidade, Maria do Rocio, e a responsável pelas relações institucionais, Regina Ribas, falaram do envelhecimento da população e dos atendimentos realizados pela organização ecumênica.

Serginho do Posto estendeu a proposição da Tribuna Livre ao presidente Tico Kuzma (Pros).

A PPI, afirmou o vereador, foi fundada em 2004 pela médica Zilda Arns, coordenadora da entidade até janeiro de 2010, quando faleceu durante um terremoto no Haiti.

Os 25 mil líderes voluntários estão presentes em 1.080 municípios brasileiros e acompanham mensalmente 150 mil idosos, por meio de visitas domiciliares sistematizadas.

Em Curitiba, ressaltou Ribas, 350 voluntários realizam mensalmente as visitas domiciliares a 900 pessoas idosas.

“São cerca de 700 famílias [atendidas]”, pontuou. Segundo ela, os dados são lançados no Sistema de Informação de Gerenciamento da Pastoral da Pessoa Idosa (SIGPPI), lançado em 2020. “[Com a ferramenta] a gente tem condições de fazer uma amostra a nível nacional de como está o envelhecimento da população.”

A PPI, explicou a representante da organização, nasceu dentro da Pastoral da Criança, a partir de uma necessidade identificada pelos próprios voluntários.

“A gente também cita que estamos conectados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, completou. Dentre outros pontos, ela ainda frisou o vínculo com o Vaticano e a campanha “Ligue para uma pessoa idosa”, realizada no período mais crítico da pandemia, quando os voluntários suspenderam as visitas presenciais e muitos idosos estavam isolados.

“Se nós estamos aqui hoje, é porque alguém preparou todo esse caminho”, disse Ribas. A PPI, pontuou, é uma organização ecumênica, recebendo voluntários e atendendo pessoas de diferentes denominações religiosas. “Nós temos, na pastoral, idosos visitando idosos”, complementou a coordenadora nacional.

“Esse trabalho da visita resgata vínculo familiar, vínculos comunitários”, salientou. Com orientações sobre os cuidados com a saúde, por exemplo, ela defendeu que as visitas feitas pelos voluntários também beneficiam os cofres públicos ao diminuir, por exemplo, os casos de acidentes domésticos e, consequentemente, as despesas com o tratamento e a hospitalização de pacientes idosos.

Debate em plenário
No debate com as convidadas, Mauro Bobato (Pode) reforçou o legado de Zilda Arns: “É um ícone, um exemplo a ser seguido”. O vereador também lembrou de uma mensagem do Executivo, em discussão nas comissões da Câmara, para a criação do auxílio-idoso.

“Acredito que o Brasil ainda está engatinhando em termos de políticas públicas voltadas aos idosos”, disse Professora Josete (PT).

Um dos grandes gargalos, avaliou, é a oferta de centros de convivência para a pessoa idosa, no período em que seus familiares estão no trabalho.

“Uma grande parte das famílias tem abandonado seus idosos”, lamentou Ezequias Barros (PMB). Também participaram do debate, com elogios ao trabalho desenvolvido pela Pastoral da Pessoa Idosa, os vereadores Leonidas Dias (Solidariedade), Marcos Vieira (PDT), Oscalino do Povo (PP), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Salles do Fazendinha (DC) e Sidnei Toaldo (Patriota).