Empreendedorismo

Pensar como uma “pessoa de software” pode mudar seu negócio

Conforme escrevia “Pergunte ao Desenvolvedor”, busquei ser direto com algumas ideias principais que queria trazer no livro. E uma das mensagens centrais da obra está muito bem apresentada no trecho “Como o pessoal de software pensa”, um dos primeiros capítulos. Quero compartilhar esse trecho, com algumas reflexões novas com você, leitor.

De certa forma, a grande mudança de paradigma no pensamento está contida nessa frase que dá título ao capítulo, pois a meu ver para se prosperar na atual era digital em que vivemos, é preciso causar disrupção e se prevenir contra as disrupções vindas de seus concorrentes, e a chave para realizar isso é pensar como uma “pessoa de software”, embora ela não seja, exatamente, uma pessoa desenvolvedora.

Uma pessoa de software, nesse caso, se define por alguém que quando diante de um problema se questiona sobre como um software poderia resolver o tal problema, e isso é uma mentalidade, um jeito de ver o mundo, e não necessariamente um conjunto de habilidades que pode ser adquirido simplesmente sabendo desenvolver softwares.

Ter essa mentalidade é o que faz com que se observe o mundo de forma otimista, sabendo que um software pode resolver os problemas de negócios que se enfrenta hoje e no futuro. Os computadores são máquinas que vêm evoluindo há décadas, cada vez mais aptas a computar mais e mais do mundo real. Começamos pequenos, com, basicamente, calculadoras sofisticadas, hoje temos realidades virtuais e inteligências artificiais. Hoje temos computadores extremamente potentes em nossos bolsos, sempre conectados pela internet, mas no fim do dia são apenas versões mais elaboradas e capazes daquilo com o que começamos tantos anos atrás.

Isso se deve, em suma, à essa mentalidade de uma pessoa de software. Algo que deve ser cada vez mais impactante conforme o tempo passa. Agora as categorias de problemas com os quais essa mentalidade lida cresce cada vez mais. Hoje é possível ver um cenário com maior complexidade e também com a agilidade inerente ao software.

Com os avanços computacionais, podemos aplicar soluções baseadas em software a cada vez mais problemas do mundo real, daí o foco nos problemas de negócios. Eles são problemas da realidade, nascem da interação entre empresas e seus clientes, e geralmente são notados pelos consumidores, a quem sempre precisamos ouvir primeiro, pois eles estão no centro dessa relação.

Uma história interessante que trago no livro fala justamente sobre como essa visão de mundo foi decisiva, por exemplo, na invenção do iPhone dos smartphones em geral. Uma vez que um telefone celular era feito com botões, eles nunca podiam mudar, era algo físico do aparelho. Nos smartphones, os botões só estão lá quando se precisa deles, e eles podem ser atualizados, melhorar, atender a mais funcionalidades, mas tudo isso via software. O hardware, nesse caso, é muito rígido, preso a seu tempo e necessidade, diferente do que vemos em aparelhos de hoje, que podem fazer cada vez mais, e ainda compartilhar espaços entre funcionalidades. Isso permite que um smartphone seja global, fale línguas que não existem no mundo real (como o emoji), faça mais do que o botão numérico permite etc.

Softwares, de um modo geral, ficam mais inteligentes a cada atualização. Erros são corrigidos, novas demandas dos clientes são atendidas e inovações das empresas podem ser implementadas, independente de seu ramo. A disrupção vem de enxergar possibilidades, justamente por um decisor buscar ver o mundo como uma pessoa de software, ou, ao menos, buscar ouvir quem enxerga o mundo assim na procura por conselhos para solucionar problemas de negócios e expandir os horizontes do que se pode alcançar.

Todos os tipos de líderes podem aprender a transformar suas empresas em organizações de software, que possuem e ouvem quem tem essa mentalidade, e o primeiro passo é internalizar esse conceito, aprender a mudar rapidamente, se adaptar.

Esses são os primeiros passos de uma discussão mais longa, mas imagino que talvez eu o tenha deixado ao menos curioso para, de repente, dar uma chance e “Perguntar ao Desenvolvedor” por mais.

*Jeff Lawson é cofundador e CEO da Twilio, além de ter escrito o livro Pergunte ao Desenvolvedor – Como destravar o potencial dos desenvolvedores de software, encontrar soluções inovadoras e vencer no século XXI. A publicação acaba de chegar ao Brasil em português pela editora Benvirá (R$49,90 – 312 p.).

Esse artigo é uma adaptação de um trecho do livro “Pergunte ao Desenvolvedor”, escrito por Jeff Lawson, feita com fins de divulgação.

 

Sobre a Twilio 

As empresas líderes da atualidade confiam na Plataforma de Engajamento do Cliente (CEP) da Twilio para construir relacionamentos diretos e personalizados com seus clientes em todo o mundo. As principais APIs de comunicação da Twilio permitem que as empresas se envolvam com seus clientes por meio de voz, conversas, mensagens, vídeo e e-mail. O Twilio Segment, a principal plataforma de dados do cliente, permite que as empresas criem interações altamente personalizadas e perfis automatizados de clientes com base em dados primários de vários canais. A Twilio permite que as empresas usem comunicações e dados para adicionar inteligência a cada etapa da jornada do cliente, de vendas a marketing, crescimento, atendimento ao cliente e muitos outros casos de uso de engajamento, de maneira flexível e programática. Em 180 países, milhões de desenvolvedores e centenas de milhares de empresas usam a Twilio para criar experiências mágicas para seus clientes.

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Sobre o autor – Jeff Lawson é CEO da Twilio. Ele é um inventor em série com mais de 15 anos de experiência empresarial e de produtos. Antes de co-fundar a Twilio, Jeff foi fundador e CTO da NineStar, CTO fundador da Stubhub.com e fundador, CEO e CTO da Versity. Em todos os negócios, Jeff identificou a necessidade fundamental de uma plataforma para desenvolvedores e empresas criarem facilmente soluções de negócios baseadas em comunicações.

Redação JBA Notícias

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