Piana debate com empresas chinesas investimentos em ferrovias e biogás
O vice-governador Darci Piana, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, e o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, se reuniram em Pequim, na China, com representantes da AVIC International Beijing, uma das principais empresas globais de tecnologia aeroespacial e defesa, e da China Railway Construction Corporation Limited (CRCC), conglomerado especializado em infraestrutura.
Os encontros estratégicos ocorreram dentro da missão internacional ao país asiático serviu para explorar oportunidades de cooperação.
A AVIC também tem investimentos nas áreas de infraestrutura, em especial aeroportos, indústria de cimento e logística de importação e exportação.
Assim como outras empresas chinesas, ela tem interesse em diversificar suas atividades no Brasil, explorando áreas como infraestrutura e logística.
A CRCC é uma empresa com atuação global e presença em 138 países, principalmente na África, e trabalha com foco em infraestrutura de rodovias, ferrovias, portos, edifícios, saneamento, tratamento de água e energias renováveis.
Piana apresentou as oportunidades de investimento no Estado do Paraná em diversas áreas, destacando a expansão da infraestrutura rodoviária, com as novas concessões, que vão atrair mais de R$ 50 bilhões em novos investimentos ao Paraná nos próximos 30 anos; a construção da Nova Ferroeste, um corredor ferroviário de 1,5 mil quilômetros entre Paranaguá e Maracaju (MS), que está na fase de licenciamento; e o desenvolvimento da indústria de cimento.
“O Estado do Paraná tem a quarta maior economia do Brasil e está dentro de um grande ciclo de investimentos em todos os modais. Nós temos cidades bem estruturadas, uma rede de parques tecnológicos e universidades estaduais, grandes ecossistemas de inovação e oferecemos um ambiente favorável para investimentos, com incentivos fiscais e facilidades logísticas”, disse.
No encontro com a CRCC, Piana também apresentou a intenção do Estado em implementar novas usinas de biogás a partir de dejetos de suínos, uma iniciativa que se alinha com os esforços de sustentabilidade e energias renováveis da empresa chinesa.
“Com o RenovaPR e o Banco do Agricultor, programas que implementamos para acelerar os investimentos em energias renováveis, estamos transformando o cenário rural do Paraná. As usinas de biogás são fundamentais para o nosso crescimento e para a expansão da nossa produção”, complementou.
Agora, a Invest Paraná, agência de atração de investimentos vinculada à Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, vai manter contato com as duas companhias.
A CRCC anunciou que enviará uma equipe técnica ao Paraná em breve, a fim de aprofundar as discussões e avançar nos planos de investimento.
“As conversas foram produtivas, com ambas as partes expressando interesse genuíno em buscar oportunidades de colaboração. Embora ainda não haja acordos definitivos, essa aproximação pode resultar em investimentos que impulsionarão o desenvolvimento econômico regional e fortalecerão as relações entre o Brasil e a China. A Nova Ferroeste desperta muito interesse por ser um projeto sustentável, assim como a velocidade do Paraná na busca por uma agricultura mais sustentável”, disse Ricardo Barros..
MISSÃO INTERNACIONAL – A missão internacional do Paraná na China começou em Xiamen, onde o Estado participou da Feira Internacional de Investimento e Comércio da China (CIFIT), onde milhares de empresas, investidores e representantes governamentais de aproximadamente 90 países se reúnem anualmente para estabelecer novos laços comerciais.
Eles também participam do 1º Seminário de Cooperação Econômica e Comercial entre as províncias chinesas e os estados brasileiros, que busca aproximar empresas chinesas e brasileiras, que já mantêm uma grande relação comercial.
A agenda também teve uma reunião com representantes da Haian Group, a maior fabricante de pneus pesados da China, e com o Laboratório de Inovação Tan Kah Kee, centro especializado em pesquisas relacionadas ao armazenamento eficiente de energia, sistemas de baixo carbono e políticas energéticas.
A comitiva agora está em Pequim, onde a agenda reúne encontros bilaterais com grandes empresas.