O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nesta sexta-feira (25) a primeira parte da duplicação da Rodovia dos Minérios, entre Curitiba e Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana.
O trecho, que teve investimentos de R$ 165 milhões do Governo do Estado, faz parte de uma reformulação completa da rodovia, com intervenções já em andamento na área urbana de Almirante Tamandaré e outras obras de duplicação planejadas até Rio Branco do Sul.
A duplicação, que era aguardada há mais de 30 anos, tem como objetivo dar mais segurança à estrada, melhorar o fluxo para os moradores e trabalhadores das cidades por onde passa e induzir o desenvolvimento nos municípios da Região Metropolitana e do Vale do Ribeira.
“Esta é uma grande obra, dividida em lotes, porque é um investimento muito grande. Hoje nós inauguramos o primeiro trecho, com uma obra muito moderna, e temos ainda um segundo trecho de 1,2 quilômetro já em obras há cerca de um mês. Até janeiro esperamos lançar mais um edital para, com o projeto completo, chegar até Rio Branco do Sul, totalizando cerca de R$ 800 milhões em investimentos viários na região”, disse o governador.
Cerca de 25 mil carros e caminhões pesados passam diariamente pelo local.
O primeiro lote duplicado, que tem 4,74 quilômetros, liga Curitiba ao perímetro urbano de Almirante Tamandaré, passando pelo Contorno Norte (PR-418).
Um segundo trecho da Rodovia dos Minérios já está em execução desde julho de 2024.
Ele engloba a duplicação de 1.280 metros do perímetro urbano de Almirante Tamandaré e a construção de um viaduto no entroncamento com a Rodovia do Calcário (PR-509).
O investimento total neste trecho será de R$ 50,7 milhões e, até o momento, 15,9% do contrato já foi executado. A previsão de é que esta parte da obra seja entregue em setembro de 2025.
Os projetos integram um plano de capacitação de toda a rodovia, passando por Itaperuçu e Rio Branco do Sul, em que serão investidos cerca de R$ 800 milhões em obras viárias na região.
“O segundo trecho já está em andamento e, na sequência, devemos colocar na praça outros trechos dessa rodovia. São obras que têm que ser feitas em etapas, para minimizar o impacto para quem roda diariamente pela estrada. Mas, ao final das reformas, teremos um acesso totalmente renovado por todos estes municípios”, afirmou Sandro Alex.
DURABILIDADE – Por causa da característica do tráfego local, por onde passam muitos caminhões carregados de calcário, cimento e minérios, as vias centrais da estrada foram feitas de pavimento de concreto, que são mais resistentes do que o pavimento asfáltico. Elas também exigem menos custos de manutenção ao longo do tempo.
“Esta técnica do concreto é o que há de mais moderno no mundo para construção de estradas. Elas têm uma vida útil maior e também demora muito mais tempo para que seja necessário fazer obras de manutenção”, disse Ratinho Júnior.
A obra ainda inclui pistas de acostamento, dez pontes em cinco pontos e quatro viadutos em outros dois trechos. Além disso, foram construídas ciclovias, passeios para pedestres, iluminação pública, paisagismo e uma passarela.
SEGURANÇA – A intervenção realizada no trecho foi uma obra de alta complexidade por envolver uma série de pontes, viadutos e ainda conviver com o tráfego urbano. Além disso, antes das reformas, a rodovia convivia com muitos acidentes. Por isso, as intervenções priorizaram uma pista segura para os motoristas e moradores da região.
“Esta foi uma das obras mais complexas feitas em perímetro urbano do Brasil. Foram intervenções muito robustas feitas em meio ao tráfego diário de carros e caminhões. Apesar dos desafios, hoje entregamos uma estrada de primeiro mundo aos moradores da região”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
A reforma teve início no final de 2019, tendo sido marcada por uma série de desafios, como o grande volume de desapropriações e soluções desatualizadas. Os problemas todos foram resolvidos após uma revisão geral do contrato.
Diversos pontos do projeto foram substituídos por outros mais adequados à realidade do trecho, mantendo ou melhorando a funcionalidade da obra. Desde abril deste ano a obra foi retomada com ritmo acelerado, visando cumprir o novo prazo contratual e finalmente entregar a duplicação aos moradores e condutores da região.
DESENVOLVIMENTO – A duplicação da Rodovia dos Minérios tem funcionado como uma indutora de desenvolvimento para os municípios por onde ela passa. Com os investimentos na logística local, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou, em agosto, que vai investir cerca de R$ 3 bilhões em uma fábrica de cimento e em outra de calcário na região.
Para o prefeito de Almirante Tamandaré, Gerson Colodel, as obras devem ajudar a atrair ainda mais empreendimentos para o município e região. “Nós temos 60% do calcário do Paraná aqui, somos o quarto maior produtor de morangos do Estado, entre outros potenciais. A estrada será um indutor econômico, com atração de ainda mais empresas e empregos”, disse.
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