Provedores regionais impulsionam a conectividade dos brasileiros
De acordo com o estudo IDC Telecom Service Database Tracker, setor de telecomunicações fechará 2023 com crescimento de 3,5% no comparativo com 2022. Destaque para provedores regionais e aumento na demanda por tecnologias de gestão de tráfego.
A democratização do acesso à internet, alavancado durante a pandemia de Covid-19, permitiu o crescimento de diferentes modelos de negócio relacionados ao mercado de telecomunicações. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, a presença e expansão de players regionais é um evento que contribui para que mais pessoas estejam conectadas e usem a tecnologia para trabalhar, estudar, ter acesso a notícias e se relacionar.
De acordo com o estudo IDC Telecom Service Database Tracker, o setor de telecomunicações fechará 2023 com crescimento de 3,5% no comparativo com 2022, embalado pelo aumento de provedores de serviços de internet (ISPs). A Anatel, durante a 12ª Reunião de Avaliação da Estratégica (ERA) realizada no final de outubro, revelou que avançou de 46,60% para 52,66% a cobertura da telefonia móvel 5G no Brasil, e que o país atingiu a velocidade média contratada de 307,82 Mbps na banda larga fixa após revisão na metodologia de captação e tratamento de dados.
Os resultados mostram o quanto as operadoras regionais são importantes neste processo, posto que, segundo a empresa de consultoria Accenture, 24,4 milhões de contratos de banda larga são detidos por provedores de médio e pequeno porte. Isso representa mais de 50% dos 46,6 milhões de acessos identificados no Brasil.
Marcel Zamboni, sócio de desenvolvimento de negócios da VSB International, fala sobre a dinâmica que impulsionou o crescimento das operadoras regionais no país. “Hoje, nós temos no Brasil um modelo de negócio no qual a rede de fibra ótica das gigantes telecom, por exemplo, passa a ser alugada aos provedores, que oferecem o serviço de internet para a população. A vantagem para o provedor está em não ter que investir para ampliar a rede, contudo, é preciso adotar tecnologias para fazer a correta tarifação e gestão de tráfego”, explica o executivo.
Aferição de elementos de rede ainda é desafio para ISPs
A contratação de aluguel de rede, mencionada anteriormente, permite que milhares de ISPs ampliem a conectividade em regiões com baixo volume populacional. Contudo, não basta ser o veículo promotor de conexão: a aferição de elementos de rede, incluindo tarifação, inventário de rede, gestão de dados, entre outros ligados aos sistemas de suporte operacional (OSS) e comercial (BSS), ainda é um entrave na operação de muitos provedores.
“Com a demanda de crescimento do mercado e dada a diversidade de plataformas e equipamentos de rede disponíveis, a flexibilidade na integração para a coleta dos dados de tráfego e tratamento dos registros se torna cada vez mais importante para as empresas do setor”, pontua Marcel Zamboni.
Zamboni destaca que operadoras e provedores não precisam desenvolver soluções de tecnologia do zero para resolver esta questão. “Isso representaria um custo incompatível para o caixa de muitas dessas empresas. É possível fazer a mediação dos dados de forma integrada com sistemas de OSS e BSS contratando ferramentas desenvolvidas com essa finalidade, a exemplo da VSB MED”.
A solução, desenvolvida pela VSB no Brasil e com suporte local, permite a integração de diversos tipos de plataformas de registos de uso de telecomunicações, atendendo a serviços de voz, dados, TV e SMS. “Trata-se de uma ferramenta essencial para o crescimento das operadoras e provedores, e que contribui não apenas para a melhor gestão dos negócios telecom no país, como também para a estruturação de uma operação compatível e alinhada ao alcance das metas estipuladas pela Anatel pelo programa ConectaBR”, conclui Marcel Zamboni.