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Cidadania

Publicitário lança campanha para alertar sobre violência nas escolas e o abandono digital dos adolescentes

O publicitário, jornalista e cineasta premiado, Brunno Barbosa, sócio da agência Mr. Da Vinci, criou uma nova campanha para a ONG Bandeiras Brancas com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de combater o abandono digital, familiar, o controle parental e a violência nas escolas.

(Para assistir a campanha, acesse o canal da ONG Bandeiras Brancas, no Youtube.)

Com a crescente incidência de ataques em escolas no Brasil e em todo o mundo, a campanha tem cunho global e busca alertar a todos sobre a importância de se prevenir e combater esses problemas que afetam a sociedade. “Toda criança emite algum sinal, ficar próximo, dar carinho e atenção são coisas que a inteligência artificial ainda não consegue fazer”, afirma Barbosa, diretor e roteirista da campanha para a ONG Bandeiras Brancas.

O curta-metragem de 2 minutos é o ponto central da campanha, trazendo à tona as consequências graves que o abandono digital e a falta de controle parental podem ter na vida dos jovens e adolescentes. O vídeo também destaca a violência nas escolas, um tema cada vez mais presente no noticiário e que precisa ser combatido de forma efetiva.

A ONG Bandeiras Brancas tem se empenhado em promover a paz e a não-violência nas escolas e comunidades por meio de campanhas criativas educativas e iniciativas de apoio às vítimas de violência. Com mais de 20 prêmios ao redor do mundo, a ONG já abordou temas sensíveis como pedofilia, alcoolismo e doação de órgãos. A nova campanha criada por Brunno Barbosa se alinha aos objetivos da organização, e tem o intuito de engajar cada vez mais pessoas na causa da paz e da não-violência.
Segundo o IBGE, em sua última pesquisa realizada em 2022, 40% dos estudantes adolescentes afirmaram que já sofreram bullying, e 24,1% disseram que “a vida não vale a pena”.

O professor da rede pública municipal de Santa Fé do Sul, André Bonini, destaca: “Meus alunos são adolescentes de 11 a 15 anos, uma faixa etária complicada, e vivencio muitos conflitos no cotidiano escolar. Na maioria deles, a ausência de diálogo é a causa, seja na família ou na escola, e acredito que isso acontece devido à falta de tempo dos pais, ao excesso de trabalho dos profissionais da educação e à diferença entre as linguagens de cada geração”, comenta.

Na internet também é possível encontrar redes que apoiam os crimes, desde vídeos violentos, perfis que incitem o ódio, fóruns, e vídeos explicativos de como utilizar armas de fogo, que podem ser acessados por crianças e adolescentes que se sentem ameaçados por outros colegas da escola.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirmou que, nos últimos 22 anos, o Brasil sofreu 24 ataques em escolas, sendo que no dia 27 de março, um adolescente de 13 anos assassinou uma professora em uma escola estadual, em São Paulo.

“Através dessa campanha, a ideia é alertar pais e mães sobre os cuidados junto aos filhos, mostrando que carinho e proteção ainda é maior do que qualquer coisa desenvolvida pela inteligência artificial para as crianças. Nossa mensagem é um alerta, uma campanha que traz mensagens como abandono familiar, controle parental, bullying, bem-estar emocional, abandono digital e violência escolar. Assuntos para serem debatidos na mídia e no dia a dia familiar”, esclarece o publicitário.

“Às vezes, os adultos têm dificuldade em enxergar as crianças e adolescentes como pessoas que devem ser ouvidas. É importante saber o que os filhos fazem na escola, em casa, na internet e o que levam em suas mochilas, com carinho e preocupação, sem um olhar autoritário, e procurar saber quem esses filhos e estudantes são e como estão se sentindo”, reforça Bonini.

A campanha está sendo divulgada em diferentes meios de comunicação e redes sociais, em breve deve chegar aos cinemas, e a expectativa é de que ela alcance um grande público e consiga sensibilizar a todos sobre a importância de se combater esses problemas. “A nossa ONG agradece o empenho e dedicação de Brunno Barbosa na criação da campanha, e conta com a colaboração de todos para promover um mundo mais pacífico e justo”, afirma em comunicado a Comunicação da ONG Bandeiras Brancas.

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