Política
Requião Filho volta a criticar “Parceiro da Escola” e reforça questionamentos de pais em grupo de WhastApp do governo
O projeto “Parceiro da Escola”, que terceiriza a gestão de 204 colégios paranaenses, tem gerado controvérsias entre pais e professores da educação pública estadual.
Em grupo de WhatsApp criado pela Secretaria Educação Estadual (SEED) do Paraná para tirar dúvidas da comunidade escolar, diversos questionamentos e preocupações aparecem, contrariando o argumento do governo de que o projeto seria uma clara solução de problemas para a Educação.
O deputado estadual Requião Filho está acompanhando as discussões e questiona a promessa de melhorias na gestão das escolas.
Requião Filho critica, desde a tramitação do Projeto, as intenções do Estado na implementação do programa, reforçando as reclamações recorrentes que tem recebido em seu gabinete.
Para o parlamentar, o governo está transferindo a responsabilidade da gestão das escolas públicas, função que deve ser exclusiva do Estado.
“É obrigação do governo cuidar e gerir as escolas e o ensino. Porém, temos um governo incompetente que reconhece a sua incompetência e resolve terceirizar a responsabilidade. Enquanto a população exige mais transparência, mais benefícios concretos e qualidade de estudo, o governo busca vender o nosso ensino. Infelizmente, fica a pergunta: nós temos um governo ou um balcão de negócios?”, questiona o deputado.
*Preocupações* – Diferentes temas aparecem entre as preocupações dos pais. A necessidade de transparência na gestão dos recursos destinados à gestão privada é um exemplo. “Porque o governo não investe os 800 reais por aluno diretamente na escola, mas vai mandar todo esse dinheiro para uma empresa de fora administrar?”, questionou um membro do grupo com o título de “Parceiro da Escola – CURITIBA 1 – Tira – Dúvidas”.
Outra insegurança levantada foi quanto aos benefícios esperados na mudança da gestão escolar. Os pais perguntam, inclusive, quanto à possibilidade de encerrar a terceirização. “Se essa parceria não trouxer o esperado será fácil desfazer?”, mostra outro questionamento.
“É perceptível que os pais estão preocupados com a qualidade da educação sofrendo interferências de empresas privadas. Muitos deles questionam se a contratação de profissionais sem qualificação adequada pode afetar a formação dos alunos. A autonomia da escola e da comunidade para acompanhar e avaliar o desempenho das empresas jamais pode ser impactada. São questões que alertamos aqui na Assembleia Legislativa também durante a tramitação”, reforça Requião Filho.
O Programa Parceiro da Escola (22.006/2024) foi aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná no início do mês de junho, sob protestos de professores e familiares dos estudantes. A votação, feita de maneira online pela maioria dos parlamentares, passou com 39 votos favoráveis e 13 contrários.