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Política

Requião propõe na ACP gestão mais solidária da cidade

O  ex-governador do Paraná, ex-senador, ex-deputado estadual e ex-prefeito Roberto Requião foi o segundo candidato à Prefeitura de Curitiba nas Eleições 2024 a participar da Sabatina promovida pelo Conselho Político da Associação Comercial do Paraná (ACP).

O presidente da ACP, Antônio Gilberto Deggerone, recepcionou o público e destacou a atuação do político na história do Paraná.

“Roberto Requião faz parte da história política do Estado. Já foi governador, deputado, prefeito, senador e com certeza absoluta sempre com atividade intensa. Ele se sobressai pelo esforço da dignidade da cidadania e sempre zelou pela moralidade. Quem ocupou vários cargos como ele é porque foi escolhido pelos eleitores. Temos muita honra de tê-lo aqui conosco”, destacou.

O coordenador jurídico da ACP, Eduardo Stremel, foi o responsável por fazer as perguntas para o candidato e também destacou a importância do momento.

“Nós estamos divulgando o mote da campanha do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) nas eleições deste ano, que é o ‘Caminho da Paz’. E a história da Associação está envolvida com a política e com a questão de paz e guerra, nosso fundador (Barão do Serro Azul) foi vítima de uma violência política por defender Curitiba. Sem dúvida alguma o caminho da paz é o caminho da ACP”, disse Stremel.

Propostas do candidato

Roberto Requião, candidato pelo Partido de Mobilização Nacional (PMN), iniciou seu discurso com a seguinte declaração:

“Não sou o candidato de Lula, de Bolsonaro, nem da Lava Jato. É um prazer estar na ACP, especialmente com a presença dos jovens neste plenário. O principal em uma eleição é promover o debate e elevar a consciência sobre as questões da cidade.”

Advogado e jornalista, Requião também possui formação em planejamento urbano.

“Sou planejador urbano. Jaime Lerner foi meu amigo pessoal, mas divirjo de sua gestão, pois considerava que faltava solidariedade, com os bairros periféricos sendo negligenciados. No Rio de Janeiro, as administrações focaram investimentos nas áreas onde os mais ricos viviam, marginalizando a periferia, o que acabou por marginalizar as pessoas. Hoje, o Rio é uma das cidades mais violentas do mundo, dominada por milícias. Vejo sinais preocupantes disso começando a ocorrer em Curitiba, e foi por isso que decidi ser candidato a prefeito. Sou o candidato das pessoas. Curitiba precisa de uma gestão solidária com seus cidadãos”, concluiu.

“Fui governador por três mandatos e presidente tanto do Parlamento Euro-Latino-Americano (EuroLat) quanto do Parlamento do Mercosul (Parlasul). No entanto, percebi que a eleição em Curitiba estava se tornando uma farsa, com muitos falando sobre privatizações. O grupo que atualmente controla a Prefeitura foi responsável pela venda da Copel”, declarou o candidato, ressaltando que é preciso interromper o modelo de destruição do Estado.

“Quero aplicar a experiência que adquiri na administração de Curitiba, para que ela seja mais do que apenas uma cidade bem planejada”, afirmou.

Eleito prefeito de Curitiba em 1985, sua administração focou em melhorias para as áreas periféricas da cidade.

Para uma nova gestão, planeja transformar os bairros em “aldeias”, onde os moradores tenham acesso a serviços, escolas e trabalho próximos de suas residências. Ele defende uma educação inclusiva e integral, destacando a importância das creches. “Muitas mães não conseguem trabalhar pela falta de creches”, observou, propondo construir novas unidades, manter convênios e eliminar irregularidades.

Ao ser questionado sobre escolas cívico-militares, Requião manifestou sua discordância. “Colocar um oficial no comando de uma escola é um absurdo, assim como colocar uma professora em um batalhão. Não faz sentido. Privatizar uma escola pública também não tem justificativa”, resumiu.

Sobre suas propostas para melhorar o trânsito de Curitiba, Requião afirmou que pretende criar uma frota pública de ônibus para o transporte coletivo, com gestão privada e controle rigoroso sobre a planilha de custos.

Ele criticou a privatização do sistema de multas da cidade, argumentando que uma empresa privada visa lucro, e não a organização do trânsito ou a redução de acidentes.

“O transporte coletivo precisa oferecer qualidade e conforto, além de ser reorganizado. Quero investir principalmente no bem-estar da população”, destacou.

Em relação ao comércio varejista, Requião questionou a aplicação de regras uniformes em toda a cidade e sugeriu a criação de diferentes tipos de regulamentação, considerando as particularidades de negócios em shoppings de áreas nobres e pequenos comércios em garagens. Relembrando sua gestão como governador, mencionou que, durante a crise de 2007, reduziu impostos sobre bens de consumo, o que incentivou a permanência e abertura de diversas empresas.

Sobre o aumento do valor venal dos imóveis, que impactou o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Requião afirmou que é necessário rever essa situação. Ele sugeriu que a ACP faça uma denúncia ao Ministério Público, classificando o aumento como “um roubo”. Segundo ele, “nos últimos 10 anos, o IPTU subiu 304%. A vida de alguém melhorou 304% nesse período?”, questionou.

Em relação ao aumento da população em situação de rua, Requião destacou a importância de identificar a causa e restabelecer a Fundação de Ação Social (FAS), promovendo uma gestão solidária. “Dizem que sou duro, mas sou duro com ladrão. Curitiba precisa ser exemplo de política social, não apenas urbana”, afirmou.

Próximas sabatinas

O coordenador do Conselho Político, Ricardo Cansian, agradeceu a participação do candidato e a presença de todos. “Sua vinda foi uma aula para nós, é um exemplo de candidato que entende do orçamento municipal”, disse.

Estiveram presentes na Sabatina o vice-presidente da ACP Antoninho Caron, o ex-presidente Gláucio Geara, a ex-primeira dama Maristela Requião, o deputado estadual Eduardo Requião Filho, o candidato a vice-prefeito na chapa de Requião, Marcelo Henrique, entre associados, conselheiros da ACP e interessados.

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