Crédito: Emanoela Somavila/Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional recebeu, no Centro Executivo da empresa, na última terça-feira (6), representantes de comunidades avá-guaranis. Foi a primeira reunião do grupo com a Binacional, com o objetivo de debater a dívida territorial histórica que a empresa tem com os povos indígenas, pela construção da hidrelétrica.
Estiveram presentes o diretor jurídico da Itaipu, Luiz Fernando Delazari; representantes das aldeias Yhovy, de Guaíra, Curva Guarani, de Santa Helena, e Ocoy, de São Miguel do Iguaçu; o advogado dos indígenas, Carlos Marés; a equipe da Diretoria Jurídica da Itaipu e o gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, Paulo Porto. Para os participantes, o encontro significou um marco histórico, em que a instituição reconheceu oficialmente a presença de comunidades indígenas nas terras que foram alagadas pela formação da Usina de Itaipu.
Recentemente, o ministro do Superior Tribunal Federal Edson Fachin, no âmbito da ACO 3.555, proferiu decisão determinando o encaminhamento dos autos para conciliação, na tentativa de uma solução pacífica para região, face o agravamento dos conflitos com os últimos atentados ocorridos.
De acordo com Delazari, a iniciativa reflete uma mudança de direção nacional e da empresa, no sentido de olhar para os povos tradicionais. “É uma demonstração que a Itaipu está empenhada em resolver os problemas territoriais e de infraestrutura que atingem atualmente os afetados, com a compra de propriedades, destinadas posteriormente aos povos originários”.
O diretor também destacou a responsabilidade socioambiental. “A empresa, além de reconhecer a dívida histórica, quer ajudar a preservar o meio ambiente, porque sabemos que os povos indígenas são os maiores cuidadores das reservas florestais”, finalizou.
No encontro, ficou definido que a Itaipu Binacional desenvolverá, em um primeiro momento, um projeto que será analisado, em reuniões futuras, pelos representantes indígenas. Posteriormente, haverá a aquisição de propriedades que serão destinadas aos povos. A intenção é que ambas as partes estejam de acordo sobre quais terras serão entregues às comunidades.
Para o advogado indigenista Carlos Marés, a reunião representa o início de uma conciliação. “Esse diálogo de Itaipu com o povo Guarani tem um significado muito grande e histórico. Daqui para frente, as reparações, tanto as territoriais, quanto de apoio, de reconhecimento do povo e de melhoria das conexões de vida, poderão ser resolvidas. Esse é o começo de uma parceria que vai conciliar os interesses das comunidades indígenas”, avaliou.
A oficina terá duração de duas horas e se propõe a ser um momento de…
Por promover cidadania, literatura e diálogo entre adolescentes em privação de liberdade, ação venceu na…
As empresas terão seus artigos exibidos em uma vitrine especial dentro do site da gigante…
Todas foram contempladas com subsídios do Programa Casa Fácil Paraná para redução do valor de…
Estado recebeu 37.120 doses quarta-feira (3), as quais já foram distribuídas para as 22 Regionais…
Em 2025, o Estado investiu R$ 54 milhões na aquisição de produtos livres de agrotóxicos…