O sistema de transmissão de alta tensão em corrente contínua (HVDC, em inglês) da subestação de Foz do Iguaçu (PR) e associado à Usina Hidrelétrica de Itaipu, acaba de ter sua primeira grande entrega. Na noite da última sexta-feira (13), retornou à operação o Conversor 4 do Bipolo 1 do sistema. Ele estava fora de operação desde 2023 e foi considerado prioritário dentro do cronograma de execução do projeto.
O cronograma, inclusive, previa seu retorno à operação para janeiro de 2025, mas houve uma antecipação, o que demonstra o bom andamento da execução do projeto. Essa revitalização não trará aumento na capacidade de transmissão, mas vai proporcionar maior confiabilidade e implantação de alguns recursos operacionais que o atual sistema não dispõe.
Este sistema é responsável pela transmissão da energia produzida pela Itaipu em 50 Hz (frequência utilizada no Paraguai) que não é consumida pelo país vizinho e que é adquirida pelo Brasil.
Convênio com a Itaipu
O convênio firmado entre a Itaipu e a Eletrobras prevê o investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões e contempla a substituição completa dos principais componentes do Bipolo 1, nas subestações de Foz do Iguaçu e Ibiúna, além dos sistemas de supervisão, proteção e controle dos Bipolos 1 e 2. A previsão do término da revitalização é em 2026, além da operação assistida que vai ocorrer de 2027 a 2029.
Será a primeira reforma de grande porte desse sistema, que começou a operar há 40 anos e conecta Itaipu com os principais centros consumidores do país. Ibiúna, por sinal, está a menos de 100 km da cidade de São Paulo e é uma estação estratégica para o Sistema Interligado Nacional (SIN), por suas interligações com as regiões Sudeste e Sul. Pelo HVDC, já passaram 1,3 bilhão de MWh (megawatts-hora), ou seja, 43% dos mais de 3 bilhões de MWh produzidos pela Itaipu desde 1984, quando a usina começou a produzir energia.
Os recursos da Itaipu aplicados na revitalização do sistema HVDC, por meio de convênio com a Eletrobras, têm por finalidade contribuir para a modicidade tarifária dos consumidores brasileiros, na medida em que evita que os investimentos realizados sejam repassados na tarifa de transmissão de energia elétrica paga por esses consumidores.
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