O senador Sérgio Moro ( União Brasil) trabalha no Senado Federal três propostas distintas: condições legais para evitar casos como o rombo das Americanas, aumentar leis para combate à corrupção ( “hoje, o clima é favorável para se pensar que a corrupção compensa”) e condenação em segunda instância.
Isto não quer dizer que está distante da CPMI de 8 de Janeiro ( “eu assinei”) e a reforma fiscal que o governo federal está preparando ( “a reforma fiscal precisa simplificar a vida nacional em relação aos impostos e não aumentar impostos de forma indiscriminada”).
Uma das pautas mais importantes para ele é a da condenação em segunda instância, anunciou durante entrevista no programa “Pânico”.
Há projeto já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, arquivado e agora reapresentado após requerimento de sua autoria.
“Já tenho 27 assinaturas, é uma pauta difícil e vamos trabalhar com perseverança e oportunidade. Não é suficiente para aprovar, porém vamos trabalhar em dois meses, seis meses, três anos. Se for aprovada rápido, ótimo, é bom para meu trabalho e para o brasileiro acreditar no desempenho da justiça”.
Sobre as Americanas, trabalha no sentido de apresentar projeto que permita combater problemas iguais conforme lei dos EUA que facilita e premia quem aponta irregularidades.
“Esse escândalo deveria gerar uma legislação que aprimorasse os nossos programas de controle para preservar o mercado de ações, os investidores e os credores da empresa”, resumiu, ao anunciar a elaboração de projeto semelhante a lei nos Estados Unidos que estimula denúncias e premia em dinheiro quem agir assim.
Moro acha complicado o congresso aprovar uma reforma fiscal que apresente mais impostos e afrouxe controles nos gastos. “Cortar despesas é interessante, porém o atual governo está reforçando coisa antiquadas, algo preocupante”.