SENAR-PR e Adapar vão certificar produtores de morangos

Em breve, os produtores de morango da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) vão poder certificar suas propriedades. No dia 14 de dezembro, o Sistema FAEP/SENAR-PR e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) assinaram um termo de cooperação técnica para viabilizar essa iniciativa. O SENAR-PR vai promover a qualificação dos fruticultores, enquanto a Adapar cuidará da fiscalização e concessão dos selos para as propriedades que seguem os preceitos de boas práticas agropecuárias.

Na prática, os produtores terão a possibilidade de se qualificar, melhorar os manejos nas suas propriedades e receber um selo, agregando valor à produção. “O mundo não aceita mais produtos sem preocupação com a sustentabilidade. E um dos pilares para demonstrar isso é saber como cada alimento foi produzido, um dos principais benefícios que resultarão dessa nossa parceria”, avalia Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Para o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, após esse projeto-piloto, num futuro próximo, outros produtos e regiões terão acesso ao selo. “Deixamos de ter a mão pesada de fiscalização para ter a mão mais leve de apoio aos produtores. A parceria entre Adapar e Sistema FAEP/SENAR-PR é um belo casamento, eles fazendo trabalho da capacitação e profissionalização do produtor e nós fazendo o processo de certificar, agregando valor ao agricultor e dar garantia ao consumidor”, diz Martins.

Por que o morango?

A produção de morango tem particularidades. Ao mesmo tempo em que está com frutos, tem, simultaneamente, crescimento vegetativo e flores. Por isso, é um tipo de cultivo sensível, que exige aplicação de defensivos apropriados, com carência específica, e/ou produtos biológicos para o controle de pragas e doenças.

“Se forem seguidas as boas práticas agropecuárias e uma agência como a Adapar certificar o produto, isso tem potencial de demonstrar aos consumidores toda a segurança naquele processo produtivo. Nossa intenção é testar esse modelo e, possivelmente, levar para outros cultivos, inclusive os grãos, começando pelo feijão”, projeta o gerente de sanidade vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Bloog.