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Educação

Sistema Positivo de Ensino lança Programa de Recomposição de Aprendizagens

Não se trata apenas de resgatar o tempo perdido. O período pós-pandêmico exige, de escolas, estudantes e familiares, um planejamento detalhado para garantir um bom desempenho no processo de ensino e aprendizagem. O Sistema Positivo de Ensino está lançando um programa estruturado de recomposição de aprendizagens para colégios parceiros, com produtos e serviços que vão da Educação Infantil ao Ensino Médio.

“Recuperar implica que algo foi desenvolvido e que precisa ser reforçado, reiterado, restabelecido. Não é o caso do que está nos afligindo neste momento. É essencial compreender que não há o que recuperar, mas, sim, desenvolver e, portanto, recompor”, explica a gerente do Sistema Positivo de Ensino, Thaísa Lagoeiro. A especialista lembra que os estudos de recomposição já existiam antes mesmo da pandemia de covid-19 e suas consequências. Uma série de outros cenários adversos foram impulso para que educadores de todo o mundo passassem a seguir essa linha de raciocínio e ação, que também é ideal para a situação atual.

De acordo com o estudo “Desafios da educação pós-pandemia e como superá-los”, realizado pelo The Center of child well-being and development, da Universidade de Zurique, houve impactos na aprendizagem, nos índices de abandono escolar e na saúde física e mental dos alunos. Embora isso tenha acontecido em todo o mundo, no caso do Brasil esses impactos são particularmente graves. Em parceria com o Governo de São Paulo, o estudo demonstrou, por exemplo, que o risco de abandono escolar aumentou 365% e os resultados de aprendizagem diminuíram 72,5%, na comparação com 2019.

Por sua vez, a pesquisa “Perda de Aprendizagem na Pandemia”, realizada pelo Insper e pelo Instituto Unibanco, mostra que “os estudantes que concluíram a 2ª série do Ensino Médio em 2020 iniciaram a 3ª série em 2021 com uma proficiência (em Língua Portuguesa e Matemática) entre 9 e 10 pontos abaixo do que iriam alcançar caso não tivessem tido a necessidade de transitar do ensino presencial para o ensino remoto devido à pandemia”.

Para Thaísa, é preciso fazer escolhas. Definir quais caminhos percorrer rumo a essa recomposição de aprendizagens é fundamental para o sucesso desse desafio. O foco, ela afirma, deve estar na educação integral e na personalização do ensino. “Em um contexto como esse, mais do que nunca precisamos focar no desenvolvimento daquelas aprendizagens essenciais, que transformarão nossos alunos em indivíduos críticos e autônomos, sem desconsiderar suas características e trajetórias próprias”, ressalta.

Possíveis caminhos

Dividido em três frentes – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio -, o Programa de Recomposição de Aprendizagens do Sistema Positivo de Ensino prevê soluções para os possíveis desafios encontrados nas diferentes fases da vida escolar. Além dos conteúdos, estão previstas ações que abrem espaço para desenvolver também as habilidades socioemocionais que devem estar presentes no trabalho pedagógico, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Algumas adaptações potencializam a recomposição das aprendizagens. Currículo, prática e tempo pedagógico devem ser flexibilizados de acordo com a necessidade e os objetivos de cada estudante. O produto ainda traz, em seus anexos, uma matriz de progressão de habilidades essenciais e de prioridades, para que as instituições possam trabalhar seguindo uma ordem do que é mais importante.

De acordo com o Censo Escolar 2021, as escolas brasileiras ficaram fechadas, em média, por 279 dias, entre março de 2020 e maio de 2021. A interrupção das atividades presenciais afetou a aprendizagem das crianças e ampliou as desigualdades educacionais em todos os segmentos do ensino, em especial na Educação Básica. O efeito desse afastamento funciona como um dominó. Ou seja, impactos sofridos pela Educação Infantil se desdobram para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e assim sucessivamente.

“Estamos em um momento decisivo para superar esses impactos. Por isso, precisamos pensar junto às escolas qual é a melhor forma de recompor essas aprendizagens”, destaca Thaísa. Propostas como guia de estudos, planos semanais, livros de atividades, tarefas, videoaulas e objetos educacionais digitais podem ser bons aliados nessa missão e devem ser adaptadas para cada etapa escolar de acordo com os resultados obtidos em avaliações diagnósticas, segundo a educadora.

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