Startup usa metodologia do Vale do Silício e deixa colaborador à vontade durante o expediente: previsão é de novos 150 empregos até dezembro

Os ditados populares “Dinheiro não traz felicidade” ou “Há coisas que o dinheiro não compra” talvez jamais tenham sido tão verdadeiros no ambiente corporativo. Trabalhar em um local de apoio e de acolhimento vem sendo prioridade para líderes e liderados. Uma pesquisa recente realizada pela empresa de recrutamento Robert Hal mostra que esse tipo de ambiente é prioridade para 70% dos líderes e 66% dos liderados entre 800 profissionais ouvidos no estudo.

É nessa perspectiva que se pauta desde 2018, quando foi fundada, a RP Trader, maior empresa de prospecção B2B do Brasil. A startup oferece soluções baseadas em tecnologia, utilizando métodos do Vale do Silício e olhando com humanidade para seus 38 colaboradores.

A receita traz ascensão: a RP Trader figurou em 2022 na lista das 100 Startups to Watch, já recebeu aportes de R$ 1 mi e projeta faturar neste ano R$ 7 mi. A empresa surfa contra a maré: ao invés de demitir, contrata. A meta é abrir novas 150 vagas até dezembro.

O crescimento passa pelo olhar apurado entre as relações pessoais. “Para atingirmos os R$ 7 mi, temos três objetivos: melhorar a prospecção, o relacionamento com o cliente e crescer ainda mais, lançando ao mercado um hub de soluções comerciais”, aponta Victor Batista, gerente de operações na RP Trader.

Bater ponto?

A Receita Previsível, método utilizado em expansão no início dos anos 2000 no Vale do Silício e que no Brasil só ficou mais conhecido em 2015, revolucionou o setor de Vendas da RP Trader. Com o modelo, ficou claro para o cofundador da empresa e CEO, Rafael Mendes, que as conexões com os clientes deveriam ser ainda mais próximas e segmentadas. “Dentro do departamento comercial, vai ter quem só prospecta, aquele que só cuida de relacionamento, aquele que só faz o fechamento”, confirma Batista.

A revolução acabou atingindo também o setor de Recursos Humanos da startup: com talentos bem colocados e com o mesmo fit cultural, a RP Trader seguiu em crescimento, mesmo com colaboradores em home office e com jornadas de trabalho organizadas de maneira individual. Assim, com sistema na nuvem e times longe do escritório, bater ponto foi logo atividade substituída: a startup busca quem gosta de bater meta.

“Percebemos que é possível trabalhar de qualquer lugar, e isso foi reforçado na pandemia; aliás, notamos que o trabalho fora do escritório dá até mais resultado”, comenta o gerente de operações. “Nosso diferencial é ter colaboradores com perfil inovador, comprometido e com foco em crescimento”, completa a líder de Gestão de Terceiros, Ione Marcheski Trindade.

A startup abriu as portas com 18 colaboradores, não demitiu ninguém durante os piores momentos da pandemia da covid-19 e prospecta contratar mais, para todas as áreas. Como filosofia e com o propósito de ajudar na redução do desemprego, a RP Trader só admite quem está sem trabalhar: as vagas não são para quem já está no mercado e busca outra colocação ou salário.

“O mundo é feito de pessoas, nós construímos as máquinas e vamos manusear todas: precisamos acreditar no potencial humano, afinal uma máquina não gera boas ideias e invenções o tempo todo, correto? Somente pessoas sentem empatia por outras. Isso faz com que o mercado que trabalhamos hoje com tanto cuidado e atenção venha crescendo, porque é formado por pessoas extraordinárias que buscam pelo extraordinário diariamente”, diz Ione.

SOBRE A RP TRADER

A startup escala negócios por meio de um modelo que gera previsibilidade de vendas, mesmo nos piores momentos de crise. A receita combina business intelligence e uma equipe multidisciplinar para traçar estratégias baseadas em personas.

Para saber mais, https://www.rptrader.com.br/.