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Saúde

Preconceitos ainda são barreira para a realização do exame de toque retal em homens

Procedimento é crucial para um prognóstico melhor e uma maior qualidade de vida

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum para os homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma, e é o que mais mata essa população. A estimativa é de que ocorram 71.730 novos casos deste tipo de câncer por ano para o triênio 2023-2025 no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Exames, como o toque retal, são fundamentais para a prevenção e o tratamento precoce da doença, no entanto o procedimento desperta medo em um a cada sete homens, segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Muitos homens ainda se sentem resistentes, constrangidos, com vergonha, medo ou falta de informação em relação ao procedimento. “Apesar disso, o toque retal é um exame simples, indolor, rápido e eficiente para detecção de problemas na região da próstata, sendo essencial para diagnosticar o câncer de próstata e outras condições”, explica o urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Adriano Pinto.

O exame de toque retal ainda é cercado por mitos e preconceitos:

  • O exame faz com que o homem perca a masculinidade.

É mito. Muitos homens acreditam que o exame irá prejudicar sua masculinidade e que se tornarão “menos másculos”, mais fracos e, inclusive, que perderão a libido. Todos argumentos sem fundamento científico.

  • É doloroso.

Mito. Alguns homens receiam sentir dor durante o exame, o que contribui para a recusa em fazê-lo. É importante ressaltar que o exame de toque retal é um procedimento simples, indolor, rápido e eficiente para detecção de problemas na próstata, sendo essencial para diagnosticar o câncer de próstata e outras condições.

  • É preciso ficar em posição ginecológica para o exame de toque.

Não é verdade. O exame de toque pode ser realizado com o paciente deitado de lado em uma maca, em pé, quando o profissional solicita que o paciente faça uma leve flexão do abdômen ou deitado normalmente com uma ou as duas pernas fletidas. O mais importante é que não haja resistência ao toque porque isto sim causa desconforto. Você estará se opondo a ele.

  • Pode ser substituído pelo PSA.

Também é inverídico. O exame PSA e o exame de toque retal são complementares e utilizados conforme a indicação do urologista. O toque traz ao médico a consistência da próstata e, portanto, mostra onde existem nódulos (caroços). Nenhum exame de sangue consegue substituir o tato!

  • Somente idosos precisam fazer.

Mito. O exame de toque retal é indicado a todos os homens acima de 50 anos e para aqueles com histórico familiar da doença a partir dos 40 anos. A SBU recomenda também que homens negros e obesos façam o exame do toque retal a partir dos 45 anos.

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:

  • Dificuldade de urinar;
  • Demora em começar e terminar de urinar;
  • Sangue na urina;
  • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata como a hiperplasia da próstata, que é o aumento benigno da mesma, e afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos. Outra doença dessa região é a prostatite, uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.

A SBU alerta que no país um em cada 10 homens terá câncer de próstata e que quando são identificados sintomas, 95% dos casos já estão em estágio avançado. O especialista do São Camilo destaca ainda a importância dos homens adotarem uma rotina de observar o estado e as reações do próprio corpo para cuidar da saúde em tempo, além de visitar regularmente o médico.

“A realização do exame de toque é crucial para um prognóstico melhor e uma maior qualidade de vida, uma vez que a detecção precoce do câncer de próstata apresenta um prognóstico muito melhor de cura e qualidade de vida”, afirma o urologista.

 

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 3 Unidades de hospital geral (Pompeia, Santana e Ipiranga) que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade, como Oncologia e Transplantes de Medula Óssea. Conta também com 1 Unidade especializada em Reabilitação e Cuidados Paliativos na Granja Viana.

Os hospitais gerais com atendimentos privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros. No Brasil desde 1922, a São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

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