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Empreendedorismo

Especialistas falam sobre as perspectivas do agro e as tendências de investimentos para as startups em 2023

Muito se discute agora sobre as tendências do agronegócio para o próximo ano. Segundo pesquisa realizada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o PIB do setor cresceu 8,36% em 2021 e conseguiu participação de 27,4% do PIB Brasileiro. Já em 2022, estima-se que essa participação esteja por volta de 25,5%, resultado que pode estar atrelado à forte alta dos custos com insumos no setor, segundo pesquisadores da Cepea.

Buscando analisar esse cenário e discutir sobre as principais expectativas e desafios que giram em torno desse setor, o evento Agro Tech – Perspectivas para o agronegócio no Brasil reuniu no dia (29), investidores, empresas e startups no espaço de eventos do Ibrawork, em São Paulo (SP). Inovação, tecnologia e sustentabilidade foram os pontos-chaves do debate.

Inicialmente, Tânia Gomes, Head de Inovação do Ibrawork, falou sobre a importância de gerar esses eventos. “É uma comunidade forte que cria bons empreendedores. Então, toda vez nós fortalecemos o nosso ecossistema trazendo essas discussões, e ampliamos a nossa capacidade de solucionar problemas no Brasil”, afirmou.

Jennifer Chen, especialista em conexões entre grandes empresas e investidores e CEO da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos, foi co-curadora e mediadora de dois dos painéis apresentados.

A conferência de exposição de ideias e fomentação de debates foi dividida por blocos. Mediado por Tânia Gomes, o primeiro painel contou com grandes especialistas, como Adriano Quércia, Secretário Executivo de Agricultura e Abastecimento em São Paulo; Silvana Saraiva, presidente da Câmara de Comércio, Desenvolvimento & Integração Brasil ECOWAS e Thomas Law, presidente do Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina).

O Secretário Executivo de Agricultura e Abastecimento em São Paulo frizou que apesar dos desafios constantes, tudo é estabelecido e desenvolvido para melhorar a atuação do estado no mundo do agronegócio. “Em São Paulo, o agronegócio cresceu 29%, só no ano de 2021. Nós atuamos com o Setor Produtivo e procuramos desenvolver sugestões que possam ajudar no crescimento e na evolução do setor no Estado”, comentou Adriano Quércia.

Thomas Law, presidente do Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina), disse que a ideia é incentivar o potencial presente nas regiões do Brasil e também fora do país. “A potencialidade pode ser explorada em virtude do comércio internacional das relações exteriores, com o maior parceiro comercial, a China”. Thomas ainda afirmou que uma das metas para o próximo ano é levar o protagonismo do Estado de São Paulo para eventos internacionais.

A presidente da Câmara de Comércio, Desenvolvimento & Integração Brasil ECOWAS, Silvana Saraiva comentou: “atualmente, a relação do Brasil com o Continente Africano, infelizmente, despencou. Nós representamos 0,8% dos negócios que giram por lá. Perdemos espaço para outros players que estão com relações muito maiores”. Ela salienta a importância de serem feitas novas políticas públicas para a retomada dos negócios na África.

Em seguida, o painel mediado por Jennifer Chen abordou estratégias de investimento em startups do agro. Rodrigo Reis, da Delloite, empresa de serviços profissionais, explicou que a companhia é focada no desenvolvimento de negócios, e completou: “Queremos impactar até 2030 um grande número de pessoas, através da educação e de políticas que vão auxiliar em questões socioeconômicas”.

Pompeu Scola, CEO da Cyklo, agritech aceleradora, também participou do bloco e comentou que para as startups funcionarem, elas precisam de investidores e aceleradores. “As agtechs são o terceiro setor que mais possui investimentos, mas ainda é pouco, tem muitas coisas que precisam ser investidas.”

Para completar, Jennifer pontuou que além do investimento, existe a parte da aceleração, da mentoria e do diagnóstico, para que assim, a startup esteja pronta para receber a aplicação.

Pompeu ressaltou que há uma preparação e que o ciclo de aceleração do agro é longo, mas que após esse período, gera bons resultados. “São 9 meses do ciclo, porque é o menor tempo que engloba as culturas e todos os fenômenos dentro dela. Após esse período, já é possível estar funcionando e faturando”.

Chen fez o levantamento de alguns pontos importantes sobre as tendências para o futuro do agronegócio brasileiro e a visão dos especialistas sobre possíveis soluções.

“O agro tem muitos desafios pela frente, repensar em como deve continuar exportando, aumentar produtividade sem aumentar área explorada, investir em pesquisas e testar soluções”, afirma Rodrigo.

Jennifer Chen encerrou o painel citando o trabalho realizado pela Unidroid, startup brasileira de São José dos Campos (SP), fundada com o propósito de desenvolver soluções robóticas inovadoras, onde atua como conselheira e sócia, e apontou as expectativas para as companhias brasileiras. “A gente precisa acreditar nessas startups, incentivar e levar para o mundo”, finaliza.

Em certo momento, as staturps também tiveram espaço para fazer os pitches sobre seus negócios e as expectativas para 2023.

Com mediação de Marcus Maida, os palestrantes Daniel Plotrino, da Yara, e Victor Mondo, da Embrapa, falaram sobre o papel da tecnologia no futuro das agtechs e o como ela irá se desempenhar no próximo ano.

Victor afirmou que a tecnologia é o principal driver de mudança e completou: “outro lado importante nessa tecnologia foi a tropicalização de culturas como soja, milho e trigo”.

Já Daniel, ressaltou que apesar de ter diversas tecnologias, o agronegócio está passando de uma curva linear para uma curva exponencial. “Tecnologia sozinha não resolve, assim como nenhuma empresa sozinha, tem que aproveitar a disponibilidade”.

“Todo trabalho de tecnologia busca sustentabilidade. É necessário trabalhar para alcançar as expectativas que o mundo tem sobre nós, um olhar sustentável e com sistemas que sofram menos com as variações climáticas, sociais, econômicas, ou seja, uma agricultura mais inclusiva”, finalizou Victor.

Fabiana Padovan, Sócia da Wanaka Capital, empresa de soluções financeiras, credenciada ao Safra, também participou e deixou um recado importante. “Diante de todo o mercado financeiro, talvez o agronegócio seja o maior de todos. Nós precisamos dar as mãos para que ele cresça cada vez mais”.

O evento também foi marcado pela participação especial online de Teresa Vendramini, personagem importante no mundo agro. A atual Presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) participou de um bate-papo com Jennifer Chen, trouxe dados e ainda falou sobre desafios, exportações, propriedades rurais, além de temas importantes como a regularização fundiária e ambiental, conectividade e infraestrutura.

Teresa ainda comentou sobre o futuro do agronegócio brasileiro. “Temos ainda muitas oportunidades. Nós somos o maior fornecedor de alimentos mundial, o Brasil pode ser autossuficiente em trigo daqui uns anos”, finalizou.

 

Sobre Jennifer Chen

Jennifer Chen é CEO e fundadora da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no exterior.

Sócia da Wanaka Capital, empresa de soluções financeiras sob medida, credenciada ao Safra.

Considerada uma das maiores referências do mercado de conexões entre grandes empresas e investidores. É uma das poucas mulheres atuantes no setor de intermediação de negócios.

É formada em Business Administration na Lynn University, na Flórida (USA).

 

Sobre a JC Capital

A JC Capital é uma companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no exterior para setores como agronegócio, hotelaria, infraestrutura, indústria, tecnologia, construção.

A empresa representa Fundos de Investimentos Privados e Bancos Internacionais no Brasil, o que permite a captação de recursos no exterior a custos muito favoráveis, com condições vantajosas para o desenvolvimento de projetos.

A JC Capital oferece uma equipe de estruturação de negócios que seleciona o fundo mais adequado ao perfil dos clientes, possibilitando operações com taxas de juros anuais, prazos de pagamentos e carências favoráveis, tudo de forma transparente, ética, segura e sustentável.

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