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Saúde

IBCC Oncologia incorpora metodologia da OMS que preserva sangue do paciente em transplantes

Instituição realiza transplante de medula óssea sem transfusão de sangue com a aplicação da metodologia PBM

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem reforçado a urgência na adoção do PBM (Patient Blood Management – Gerenciamento de Sangue do Paciente) pelos sistemas de saúde de todos os países, uma metodologia testada e implementada em vários hospitais, que realiza o cuidado integral para controlar a anemia, preservar o sangue do próprio paciente e reduzir a necessidade de transfusões. Com a adoção do PBM, o IBCC Oncologia, que já realizou quase 1.000 transplantes de medula, otimizou a utilização do banco de sangue, melhorou os resultados dos tratamentos dos pacientes e se tornou uma das referências no Brasil para a realização de transplante de medula óssea sem transfusão de sangue.

O hematologista, Dr. Roberto Luiz da Silva, responsável pela unidade de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do IBCC Oncologia, explica que o PBM é aplicado em pacientes cirúrgicos, grávidas, recém-nascidos, crianças, adolescentes, idosos e na população como um todo. “O médico especialista prepara o paciente para procedimentos evitando-se transfusão de sangue e hemocomponentes. Ele verifica riscos de sangramento pré procedimentos. É feito um estudo do paciente”, comenta o especialista.

Ele diz ainda que o gerenciamento de sangue do paciente pelo PBM, aborda problemas de anemia, perda de sangue e coagulopatia (desordens que causam perda de sangue). O objetivo geral é melhorar os resultados dos tratamentos, economizar recursos das estruturas de saúde e reduzir os custos associados. O princípio central do PBM é o uso de todos os recursos apropriados na medida certa para a proteção e administração do sangue do próprio paciente.

A partir dos anos 2000, a metodologia tem evoluído e evitado a necessidade de transfusões de sangue e suas consequências. O alto uso do procedimento transfusional também apresenta a possibilidade de ocasionar complicações infecciosas e não infecciosas nos pacientes.

“Com o PBM, damos uma abordagem integral ao paciente desde o início do tratamento, pré-cirurgia e cirurgia, quando é o caso, e ao longo do acompanhamento. É uma abordagem sistemática e baseada em evidências para melhorar os resultados do paciente por meio de diagnóstico e etiologia específica no tratamento da anemia e preservação da saúde ao reduzir perdas e sangramento, ao mesmo tempo em que promove a segurança e o fortalecimento do paciente”, explica o hematologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e do IBCC oncologia.

O PBM também contribui para diminuir a necessidade de grandes estoques de sangue, um desafio para hemocentros de várias regiões no país, sempre pressionados pela busca de novos doadores. Estudos têm mostrado que o PBM contribui para redução de 25% no tempo de internação dos pacientes, 47% na taxa de óbito e até 50% em gastos hospitalares, segundo dados da OMS.

Em estudo apresentado pela entidade internacional, o programa de gerenciamento de sangue de pacientes na Austrália, executado em quatro hospitais de adultos, com a participação de mais de 600.000 pacientes internados, entre julho de 2008 e junho de 2014 resultou em: redução da mortalidade em 28%; redução de infecção em 21%, tempo de internação caiu 15%, redução de transfusão de sangue em 41% para as células vermelhas, 47% para o plasma e 27% para plaquetas. Também foi registrada redução de níveis de anemia pré-operatória e de necessidade de hemoglobina pré-transfusão. Calcula-se que a economia foi de mais de US$80 milhões em produtos ligados à transfusão de sangue e profissionais de saúde envolvidos na administração dos sistemas de gestão de sangue.

O objetivo do PBM não é reduzir as transfusões de sangue ou restringir o uso de transfusão ou qualquer outra terapia em si. Mas, em vez de ter na transfusão uma decisão padrão com base em uma concentração de hemoglobina especificada, o PBM pode antecipar o uso de transfusão de sangue, dando a importância ao próprio sangue do paciente como um valioso recurso, muito antes de a transfusão sequer ser considerada. Uma redução no número de transfusões é a consequência direta do PBM, afirmam os estudos.

O envelhecimento da sociedade e os constantes desafios dos bancos de sangue mundo afora, ressaltam a urgência indicada pela OMS na implementação do PBM nos sistemas de saúde públicos e privados como um padrão global de atendimento. “No IBCC Oncologia reunimos esforços para implementar o PBM com outras iniciativas existentes para melhorar a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados, incluindo assistência materna e infantil, nutrição e programas de suplementação. O PBM nos leva a melhores resultados do quadro geral de saúde dos pacientes e, ao mesmo tempo, economiza recursos valiosos para situações sem alternativas na utilização do sangue e seus componentes”, afirma o Dr. Roberto Luiz da Silva.

 

Sobre o IBCC Oncologia

Fundado em 1968, o IBCC Oncologia é conhecido por ser um Centro de Tratamento Oncológico de alta complexidade e possuir um Centro de Pesquisa Clínica renomado. É pioneiro no combate ao câncer de mama e ginecológico e trouxe o primeiro mamógrafo para o Brasil em 1971.

Durante a década de 70 e 80, atuou com o maior programa de prevenção do câncer do colo uterino e de mama já realizado por uma instituição, com atendimento a mais de 2 milhões de pessoas. Foi considerado pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado de SP o melhor hospital em atendimento humanizado e classificado entre os 10 melhores hospitais do estado, assim como, entre os anos de 2004 a 2007, recebeu, consecutivamente, o Troféu “Hospital Best” na categoria Instituição Filantrópica.

Desde 1988, a instituição passou a ser Entidade Camiliana, se tornando o IBCC Oncologia. Também foi escolhido para ser no Brasil a instituição detentora da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, em 1995. Há 55 anos é referência na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer em São Paulo. Para mais informações: https://ibcc.org.br/

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