Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), cresceram na pesquisa Genial/Quaest
O crescimento ocorreu porque se tornaram mais conhecidos.
Tarcísio cresceu de 37% para 40% na comparação com março, enquanto Lula oscilou no limite da margem de erro de 43% para 41%. Brancos e nulos são 14% e indecisos, 5%.
A rejeição do governo federal, revelada em diversas pesquisas eleitorais, está refletindo na intenção de votos para as eleições presidenciais do ano que vem.
“A rejeição ao governo está se manifestando na rejeição eleitoral de Lula, alavancando as candidaturas dos eventuais herdeiros de Bolsonaro. Todos cresceram ou estão empatados na margem de erro com Lula”, resumiu Felipe Nunes, diretor da Quaest ao analisar números dos últimos números da pesquisa.
O único a empatar numericamente com Lula é Bolsonaro. Ambos registraram 41% das intenções de voto.
A pesquisa perguntou quem deveria ser o candidato da direita na ausência de Bolsonaro: as respostas se dividiram principalmente entre Tarcísio (17%), Michelle (16%) e Ratinho (11%). Eduardo registrou 4%.
Os governadores Zema, Caiado, Tarcísio, Ratinho e Claudio Castro assumiram compromisso de apoiar na campanha quem estiver em melhores condições de derrotar Lula em seu projeto de reeleição. É uma força conjunta de grandes proporções, avaliam analistas, levando em conta que a pesquisa revelou também que três em quatro eleitores consultados sugerem que Lula desista da candidatura. Bolsonaro, inelegível e com a previsão de prisão, também deveria preparar sucessor para candidatura da direita contra Lula.
Ratinho, por sua vez, tenta viabilizar uma candidatura presidencial, mas enfrenta obstáculos dentro de seu próprio partido.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que a sigla não lançará candidato se Tarcísio topar a empreitada presidencial.
O governador do Paraná enfrenta a concorrência interna do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), recém-filiado à sigla e que também almeja o Planalto.
O gaúcho tem 36% das intenções de voto, empatando com Lula no limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Neste caso, o petista tem 40%.
Outros governadores de direita preparam uma candidatura presidencial registraram cresciment o e aparecem mais distantes de Lula neste momento.
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, perde para Lula por 42% a 33%. Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, tem os mesmos 33% que o mineiro, mas contra 43% do atual presidente da República.
Lula tem provocado as pré-candidaturas, observam analistas políticos, sem considerar que os atuais governadores adversários políticos respondem a críticas ou pronunciamentos, com a autoridade das avaliações positivas de suas gestões nos estados, a maioria sem visitas do presidente da República ou com eventos esporádicos.
As críticas são respondidas com dureza.
O governador de Santa Catarina respondeu acusações de ser mal-agradecido exibindo números sobre obras inexistentes do governo federal, revelando que recebeu dez de cada cem reais de impostos enviados a Brasília e apresentando obras de infraestrutura sem dinheiro federal.
Os cortes federais devem explodir reações nas áreas de saúde, segurança e educação, com possibilidades de abafar as políticas sociais que o governo federal vai lançar visando as eleições do ano que vem. Em breve, a campanha eleitoral antecipada do presidente Lula receberá questionamentos jurídicos, acompanhados de pronunciamentos dos adversários políticos
Brancos e nulos são 19% e indecisos, 5%.