Paraná

Tarifaço coloca em risco a produção de peixe, café e florestal do Paraná, alerta Sistema FAEP

Diante da ausência de avanços nas negociações do governo brasileiro com os Estados Unidos, o Sistema FAEP manifesta preocupação com a entrada em vigor, nesta quarta-feira (6), da tarifa de 50% imposta sobre diversos produtos nacionais, com destaque para setores estratégicos do agronegócio paranaense.

medida atinge diretamente cadeias produtivas essenciais para a economia do Paraná, como as de peixes, produtos florestais e café.

Em 2024, os Estados Unidos foram o segundo maior destino dos produtos do agro paranaense, movimentando US$ 1,58 bilhão. 

“É inadmissível que um mercado estratégico como o norte-americano, historicamente responsável por cifras bilionárias em exportações do Paraná, seja colocado em risco dessa maneira”, defende o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

Os efeitos da medida já são concretos. No setor florestal, cancelamentos de contratos, suspensão de embarques, contêineres retidos em portos e demissões em larga escala foram registrados.

Empresas com atuação relevante no interior do Paraná anunciaram férias coletivas e redução de operações, diante da inviabilidade de manter suas atividades sem a previsibilidade de mercado.

A piscicultura, com destaque para a produção de tilápia (segmento no qual o Paraná é líder nacional), também sofre com o tarifaço.

Com 97% das exportações de tilápia destinadas ao mercado norte-americano, a cadeia produtiva é diretamente afetada, comprometendo especialmente os pequenos produtores rurais e cooperativas, que investiram na estruturação de suas atividades.

Outros setores, como o café, o suco de laranja e produtos de origem bovina, também registram impactos relevantes.

“As tarifas impostas elevam os preços ao consumidor e destroem a margem de competitividade do Brasil, provocando perdas generalizadas em toda a cadeia de produção”, aponta Meneguette.

Diante desse cenário, o Sistema FAEP reitera a necessidade urgente de medidas eficazes por parte do governo federal, tanto no campo diplomático quanto no apoio às cadeias produtivas afetadas pelo tarifaço.

“A defesa dos interesses do setor agropecuário, especialmente daqueles que operam com excelência e responsabilidade, não pode ser negligenciada em momentos críticos como o que vivemos atualmente”, reforça o presidente interino do Sistema FAEP.

Redação JBA Notícias

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