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Taxa de juros é o maior obstáculo para que Micro e Pequenas Indústrias tenham acesso a crédito, afirma pesquisa SIMPI/Datafolha

A 14ª Pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria do SIMPI/Datafolha revela uma visão abrangente do panorama econômico durante o mês de junho/julho. Nesta edição, a pesquisa mostra a relação entre a falta de acesso a capital de giro e empréstimo com o número de Micro e Pequenas Indústrias em atraso no pagamento.

O número de consultas a empréstimos e financiamentos voltou a cair e alcançou o mesmo patamar do início do ano, com 14%. O número, ainda que 5 pontos percentuais menor que o do último bimestre deixa clara a dificuldade de aprovação, já que desses 14%, apenas 39% das MPI’s tiveram crédito aprovado.

Em relação às principais dificuldades das MPI’s em conseguir crédito, a taxa de juros segue sendo o maior obstáculo com 47%, sendo esse o maior valor já registrado pela pesquisa. Em regiões, o Estado de São Paulo é o mais insatisfeito com as taxas de juros com 52% das MPI’s.

Assim como o número de procura a crédito diminuiu, a taxa de inadimplência de clientes das MPI’s também teve uma queda. Os dados saíram de 38% no último bimestre para 27%, esse é o menor resultado já registrado pela pesquisa. No entanto, com 41% das MPI’s sofrendo inadimplência, o Centro-Oeste/Norte é a região mais afetada. Das 27% MPI’s que sofrem inadimplência13% afirmam que o valor corresponde a mais de 30% do faturamento mensal.

Na falta de capital de giro suficiente, com 13% o cheque especial ainda é o mais utilizado pelas MPI’s. Empréstimo PJ foi utilizado por 7% e para o empréstimo pessoal, a procura de crédito teve uma queda, saindo de 11% para 6%, os dados voltam ao mesmo patamar de fevereiro deste ano.

Maiores endividamentos das MPI’s

Em âmbito nacional, uma em cada cinco MPI’s afirma ter dívidas com bancos ou instituições financeiras. No entanto, impostos, tributos ou taxas atrasadas também são grandes motivos para endividamento de MPI’s, atingindo 22%.

Quando o assunto é situação da produção e prestação de serviços atualmente, o valor chegou ao maior registrado neste ano, com 56% das empresas atuando em sua capacidade total. A região com mais produção e prestação de serviços atuando em sua plena capacidade segue com Centro-Oeste com 64%. No entanto, para o Nordeste a situação é pessimista com 29% das MPI’s com maior parte das atividades paradas ou totalmente paradas.

Sobre a pesquisa

Pesquisa realizada pelo SIMPI/Datafolha, o Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, mostra a situação real da categoria. A coleta de dados ocorreu entre os dias 15 e 31 de julho de 2024, foram realizadas 712 entrevistas.

Para consultar outros dados da 14ª edição da Pesquisa do Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, por favor, entre em contato com a equipe de Assessoria de Imprensa.

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