Com muito treino, ele chegou a competir no boxe olímpico e profissional na categoria leve (60kg), chegando a ser campeão baiano, mas se encontrou mesmo como treinador, carreira na qual conquistou títulos nacionais e internacionais, tanto por equipe quanto em modalidades individuais, participando também de eventos internacionais de MMA.
Contando com apoio do Governo do Estado desde 2018, por meio da categoria “técnico” do programa Geração Olímpica e Paralímpica, Gonçalves se destacou nos Jogos Pan-Americanos em 2023.
Ele foi um dos técnicos da seleção brasileira (são quatro homens e uma mulher) na competição em que alguns atletas do país derrotaram potências do esporte como EUA e Cuba.
Com isso, o Brasil conquistou uma vaga olímpica para Paris 2024.
No Pan, Caroline Almeida (50kg feminino), Jucielen Romeu (57kg feminino), Beatriz Ferreira (60kg feminino) e Barbara Santos (66kg feminino) conquistaram o ouro e Tatiana Chagas (54 kg feminino), Michael Douglas Trindade (51 kg masculino), Wanderley Pereira (80 kg masculino), Keno Marley (92 kg masculino) e Abner Teixeira (+92 kg masculino) ganharam a medalha de prata. Todos contaram com orientações de Adailton.
Para ele, estar entre os melhores do mundo na competição do próximo ano ajudará a fortalecer e redefinir o futuro da equipe brasileira.
“As expectativas para os Jogos Olímpicos são ótimas, mas sabemos que será desafiador enfrentar equipes e competidores de alto nível. Estaremos prontos para esses jogos”, conta o treinador.
Para embalar essa história, ele gosta de lembrar da sua origem. “É importante lembrar de onde viemos, das lutas que enfrentamos e das conquistas que celebramos”, diz. “Foi assim que nasceu a Dudhal Boxing Club, em Curitiba, uma academia que se tornaria uma das maiores referências do boxe nacional. Com ela ajudei vários jovens e também consegui alcançar a seleção nacional”.
Ele também não hesita em mencionar o papel fundamental que sua falecida esposa desempenhou na trajetória, o que o ajuda a tocar novos projetos, inclusive projetando um retorno para o lado social. “Meu compromisso vai além da seleção brasileira.
Depois de Paris 2024 quero implementar um projeto de boxe de alto rendimento em alguma comunidade, espelhando o apoio que recebi em Curitiba e do Governo do Estado”, adiciona.
A coordenadora do programa Geração Olímpica e Paralímpica, Denise Golfieri, afirma que será um orgulho para o programa levantar a bandeira do Paraná em Paris 2024.
“Sabemos o quanto é difícil conseguir a vaga olímpica, mas existe um trabalho muito sério sendo desenvolvido. Adailton é um exemplo disso”, completa.
GERAÇÃO OLÍMPICA E PARLÍMPICA – O Geração Olímpica e Paralímpica, coordenado pela Secretaria do Esporte (Sees), é o maior programa estadual de bolsa-atleta do País. O Estado já investiu cerca de R$ 50 milhões, em 12 edições, com o patrocínio exclusivo da Copel, para atletas e técnicos vinculados a instituições paranaenses (federações e escolas), atendendo desde jovens promessas a estrelas de renome internacional.
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