Empreendedorismo

Varejo perde R$ 31,7 bilhões, dizem KPMG e Abrappe

O índice médio de perdas no varejo aumentou 22,31% em 2022 em relação a 2021, atingindo uma perda total de R$ 31,7 bilhões. Os setores de artigos de esportes, perfumarias, construção/lar, magazine nacional, magazine regional, moda e outros apresentaram uma perda acima da média. Os dados são da “Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro – Resultados 2022”, conduzida pela KPMG e a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) a partir de entrevistas com 192 empresas. Na amostra, constam os maiores varejistas do Brasil, distribuídos em 20 estados e quatro regiões geográficas.

Os supermercados novamente tiveram destaque no aumento pelos riscos inerentes aos produtos de venda, como validade vencida de produtos, perecibilidade e avarias. Em contrapartida, os setores de calçados e eletromóveis/Informática apresentaram diminuição de porcentagem de perda, isso se deve ao fato de serem produtos com maior supervisão de exposição. Outros fatores como níveis de estoque elevados e faturamento abaixo do planejado também contribuíram para esse aumento.

“A maior causa desse crescimento, segundo a pesquisa, foi o aumento de furtos nos estabelecimentos comerciais que pode ter sido ocasionado pelo fim das restrições de fluxo de pessoas no período do isolamento por conta da pandemia da COVID-19. Com a liberação à rotina normal, as pessoas voltaram a frequentar os comércios, resultando num aumento de furtos”, diz Paulo Ferezin, sócio-líder para o segmento de Varejo da KPMG no Brasil.

Acompanhe abaixo os índices de cada setor em relação à pesquisa anterior:

 

Setor 2021 2022
Supermercado 2,15 % 2.37%
Perfumarias 1,74% 2,33%
Calçados 1,38% 1,09%
Artigos de Esporte 1,12% 1,65%
Construção/Lar 0,96% 1,25%
Magazine Nacional 0,94% 1,26%
Drogarias 0,89% 1,13%
Atacados/Atacarejos 0,89% 1,02%
Moda 0,80% 1,18%
Livrarias 0,71%
Magazine Regional 0,33% 0,93%
Eletromóveis/Informática 0,26% 0,07%
Mercado Vizinhança 3,07%
Outros 0,05% 1,50%

 

“Embora a pesquisa mostrou aumento de perdas, trouxe também fatores positivos para o mercado varejista, como o aumento na percepção do conhecimento técnico dos profissionais de prevenção de perdas, a alta de investimentos em treinamentos periódicos, e novos recursos para implementações sistêmicas e processuais”, diz Fernando Lage, sócio-líder de Governance, Risk & Compliance Services da KPMG no Brasil.

Redação JBA Notícias

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