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Cultura

Velório na madrugada com homenagem a Zé Celso Martinez

O corpo do dramaturgo chegou ao Oficina por volta das 23h, quando teve início o velório.
O teatro fica na Rua Jaceguai, 520, no Bixiga, Centro da capital. Foi recebido sob muitos aplausos, tambor e gritos de “viva, Zé”. Pessoas pulavam cantando músicas de “Bacantes”, peça que simboliza o Teatro Oficina.
Uma música emendada na outra, com apoio de uma banda. Aplausos.

Era o começo do “rito de eternidade” do diretor, dramaturgo e ator Zé Celso Martinez, que não será curto: “As peças duravam horas, a despedida também“, dizem os presentes.

Zé Celso morreu após ser internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, com queimaduras em 53% do corpo, causadas por um incêndio em seu apartamento no bairro do Paraíso, Zona Sul da capital paulista.

Além de Celso, outras três pessoas estavam no apartamento: Marcelo Drummond, marido de Zé Celso, Ricardo Bittencourt e Victor Rosa, além do cachorro, Nagô.

Os três artistas inalaram apenas fumaça e foram socorridos pelos bombeiros, encaminhados para uma UPA e estão bem.

O cão, Nagô, já foi liberado de sua internação em uma clínica veterinária.

Somente Zé Celso estava em estado gravíssimo.

José Celso Martinez Corrêa foi um dos nomes mais importantes do teatro e de suas mudanças. Fundou e dirigiu o Teatro Oficina, no bairro do Bixiga, em São Paulo, reconhecido pelo jornal britânico The Gardian como “o teatro mais bonito e imenso do mundo”.

O local foi tombado como patrimônio cultural no ano de 1982.

Zé Celso enfrentou a repressão e foi preso, tornando-se um exilado em Portugal, onde fez o longa “O Parto”, por conta da Revolução dos Cravos.

No ano seguinte, em Moçambique, filmou toda a fase de independência do país.

Seu retorno a São Paulo aconteceu no ano de 1978 e retomou o trabalho à frente do Oficina, que agora tem o nome de UzynaUzona.

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