Na primeira sessão da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) após o acidente de trânsito que vitimou Carlos Simões, no último dia 13 de abril, os vereadores da capital do Paraná manifestaram seu luto pela morte do político.
Aos 63 anos de idade, Simões dirigia sua caminhonete quando colidiu com uma carreta, na BR 116, na divisa de Fazenda Rio Grande com Mandirituba.
Ele foi levado para o Hospital do Trabalhador, mas não resistiu aos ferimentos.
O político foi vereador da capital por dois anos, de 1989 a 1990, quando deixou a CMC ao ser eleito para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“Em nome da Câmara de Curitiba, presto os meus sentimentos à família do ex-vereador Carlos Simões. Estive no velório, realizado na Alep, e só peço a Deus que conforte o coração dos que eram próximos a ele”, desejou Tico Kuzma (Pros), presidente da CMC, pelas redes sociais do Legislativo e nesta segunda (18), em plenário, quando diversos vereadores lamentaram o passamento do político. “Foi um vereador prestativo, atencioso e dos necessitados. Era muito preocupado com as causas populares. Perdi um grande amigo”, lamentou o segundo-vice-presidente da CMC, Tito Zeglin (PDT).
Abrindo a sessão, Zezinho Sabará (União) fez um discurso enfático, criticando as condições daquele trecho da BR 116 e perguntando quantas pessoas deverão morrer até que as autoridades tomem providências.
“O perigo ali é diário”, protestou, lembrando que se trata de um trecho já duplicado da rodovia, que não é aberto à população devido a uma pendência judicial.
“O governo do Estado precisa tomar uma posição a respeito, não dá para ficar esperando. Não devia haver morte ali, que o espaço está pronto”, concordou Ezequias Barros (PMB).
Líder do governo na CMC, Pier Petruzziello (PP) também se solidarizou com a família de Carlos Simões e lembrou que o irmão dele, Íris Simões, “foi o vereador mais votado da história da Câmara de Curitiba, numa época que se fazia mais de 25 mil votos numa eleição para o Legislativo da capital”.
“É um fato pequeno, diante do trágico acidente, mas é um resgate histórico que mostra como a família [Simões] teve uma passagem marcante por Curitiba”, disse.
Carlos Simões nasceu em Verê (PR) e foi comunicador de rádio e televisão. É irmão do também ex-vereador, ex-presidente da CMC e ex-deputado federal Íris Simões.
Na sua breve passagem pela Câmara, por exemplo, ele foi autor da lei municipal 7.530/1990, sobre a cobrança da bandeira dois pelos táxis da cidade, e das concessões do título de Vulto Emérito de Curitiba ao ex-governador e ex-senador Roberto Requião (lei 7.653/1991) e de Cidadão Honorário ao ex-governador Mário Pereira (7.7341991).
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