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Vereadores pedem que a Prefeitura pare de distribuir as novas barracas da Feira do Largo da Ordem

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou uma nova sugestão ao Poder Executivo relacionada ao projeto das novas barracas da Feira do Largo da Ordem. 

Depois de recomendar a notificação da empresa que produz as unidades, agora os vereadores e vereadoras da capital querem que a Prefeitura pare de distribuir os novos modelos aos feirantes.

Autor da sugestão aprovada, Marcos Vieira (PDT) contou que, das 900 barracas licitadas, 30 foram entregues em dezembro e outras 200 entregues em janeiro; e os feirantes estão insatisfeitos com o modelo projetado.

“O tema [a substituição das barracas] já é um grande grito dos artesãos de Curitiba. Chegamos ao jargão popular que já conhecemos: ‘a tragédia anunciada’. […] Sabemos que ninguém é contra [as novas barracas], os artesãos lutaram muito pela substituição. O problema é que os mais interessados, e que sabem do que precisam, não foram ouvidos”, reclamou.

Plástico entre barracas improvisado por feirantes para evitar chuvas

Ainda durante a defesa da sugestão ao Executivo, o vereador citou a justificativa.

“Segundo eles [os artesãos], os principais problemas enfrentados envolvem: a altura das barracas, com o toldo muito alto, o que tem dificultado tanto para pendurar os produtos como para pendurar as lonas para proteção; ainda sobre o toldo, ele não aguenta peso, fazendo com que os próprios artesãos encontrem formas de reforçar a sustentação para poder expor seus produtos; pelo formato de pirâmide, além de entrar água pelo topo e jogar água para todos os lados, nos dias de sol se forma uma estufa dentro da barraca.”

Os feirantes também reclamam que a mesa formada por duas madeiras faz com que a água escorra entre elas e que o móvel tem soltado uma espécie de tinta, que mancha os produtos.

Eles complementam que, mesmo com ventos moderados, a estrutura não parece aguentar o vento, exigindo a colocação de pesos na parte inferior, e que falta de uma prateleira inferior, embaixo da mesa, para organização e até mesmo proteção dos produtos.

“Fora ainda outros problemas, como a lona de proteção fabricada nas dimensões erradas, sendo pequenas em altura e largura, também frestas identificadas em várias partes das barracas e uma série de outros prejuízos, incluindo ferrugem em menos 1 mês, toldos já rasgados”, completou Marcos Vieira.

O autor do pedido de suspensão da distribuição das barracas reforçou, ainda, que os problemas poderiam ter sido evitados, pois, desde 2021, quando o protótipo da nova barraca foi apresentado pelos feirantes, eles já haviam alertado que o modelo não atenderia às necessidades de quem trabalha na Feira do Largo da Ordem.

“Ao longo de 2022 e 2023, mesmo com inúmeras possibilidades de debate e até com audiência pública realizada nesta Casa, os artesãos alegam que as reivindicações não foram atendidas. Até mesmo um abaixo-assinado entregue com 345 assinaturas pedindo por um modelo de barraca que realmente contemplasse as necessidades dos artesãos não foi considerado”, disse.

Vereadores de Curitiba endossam reclamações dos feirantes

A discussão que antecedeu a aprovação da indicação teve a participação de seis vereadores e vereadoras.

“Concordo que quem tem que decidir se as barracas servem ou não são os feirantes, quem faz a feira são os feirantes. […] Esta barraca, no modelo que foi apresentado, não serve para os feirantes”, completou Rodrigo Reis (União), se comprometendo a exigir que uma reunião entre a categoria e o Ippuc aconteça o mais rápido possível.

 “Nós queríamos a mesma barraca que está lá há 40 anos, só que novas”, disse ele, que também apresentou sugestão para que a Prefeitura de Curitiba notifique a empresa vencedora da licitação e para que promova adequações urgentes nas barracas da Feira do Largo da Ordem. 

Para Alexandre Leprevost (Solidariedade), os interessados na licitação “não tiveram voz”.

“Por isso não deu certo. […] Os feirantes tentaram expor que o projeto estava errado, para chegar agora e implementar as barracas de forma errada. O que seria isto? Incompetência, arrogância, soberba, prepotência dos responsáveis na execução deste projeto? Seria desconsideração com estes trabalhadores que se dedicam e buscam sustento para suas famílias?”, analisou.

“Concordo que quem tem que decidir se as barracas servem ou não são os feirantes, quem faz a feira são os feirantes. […] Esta barraca, no modelo que foi apresentado, não serve para os feirantes”, completou Rodrigo Reis (União), se comprometendo a exigir que uma reunião entre a categoria e o Ippuc aconteça o mais rápido possível.

 “Nós queríamos a mesma barraca que está lá há 40 anos, só que novas”, disse ele, que também apresentou sugestão para que a Prefeitura de Curitiba notifique a empresa vencedora da licitação e para que promova adequações urgentes nas barracas da Feira do Largo da Ordem.

Aprovada na última segunda-feira, a indicação cita os prejuízos com as fortes chuvas do dia 4 de fevereiro.

“Muitos estavam descontentes com este modelo [de barraca] e demonstraram este descontentamento. Esta falta de diálogo é sempre um exemplo para a gente entender que não é assim que se faz. […] É preocupante sim, e precisamos cada vez observar e atuar juntos para fortalecer estes feirantes”, afirmou Giorgia Prates – Mandata Preta (PT).

Colega de bancada, Professora Josete (PT) reforçou as críticas de que a experiência dos artesãos não foi respeitada:

“Não é possível que as pessoas que vivem, que têm experiência daquele espaço, não sabem do que estão falando. Nós somos favoráveis à renovação da feira. É um ponto turístico, traz retorno para a cidade de Curitiba. É um atrativo.

Também participaram da discussão os vereadores Eder Borges (PP) e Maria Leticia (PV).

A liderança do governo na Câmara de Curitiba não se posicionou sobre o tema.

Redação JBA Notícias

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