Vila Urbana e Governo do Paraná dão visibilidade a imigrantes e refugiados
Numa parceria com a empresa Vila Urbana, o Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (3) um novo serviço para os migrantes e refugiados que escolheram Curitiba como seu novo lar: o projeto “Imigrar, a arte de acolher”.
A parceria foi articulada pela Secretaria da Justiça, Família e Trabalho. A ação possibilita que os migrantes ou refugiados tenham um espaço dentro do complexo de entretenimento na Capital para expor e vender seus produtos artesanais e gastronômicos.
O secretário Ney Leprevost destacou que a iniciativa é mais uma demonstração de parceria de sucesso entre o Poder Público e iniciativa privada.
“Em nome do Governo do Paraná quero registrar meu reconhecimento público a empresa Vila Urbana por nos ajudar a proporcionar a melhoria da qualidade de vida das pessoas que escolheram nosso Estado para viver”, disse.
“Durante a pandemia o setor gastronômico foi muito atingido e nós aprendemos a olhar para o outro, no sentido de solidariedade. Aí surgiu a ideia de acolher os migrantes, os refugiados. Procuramos o Estado e ele está nos ajudando. Fará a triagem de quem é do ramo gastronômico, artesanato ou cultural. Aqui, ele será reconhecido pela história que deixou no país. A cada dia, mudamos o país”, resume a presidente da Vila Urbana, Roselis Aguiar de Macedo.
O projeto “Imigrar, a arte de acolher” está funcionando em um contêiner da Vila Urbana, espaço gastronômico e cultural localizado na Rua Marechal Deodoro, 686, no Centro de Curitiba, e vai receber a cada 30 dias um grupo de um país específico.
Os migrantes e refugiados serão pré-selecionados pela Sejuf.
Depois, a equipe da Vila Urbana viabilizará aos selecionados condições de trabalho, mentorias, precificação e divulgação, assim como disponibilizará palco para ações e apresentações culturais.
Segundo Roselis de Aguiar Macedo, diretora da Vila Urbana, é uma oportunidade para os migrantes demonstrarem a sua história na área de gastronomia e cultura.
São pessoas que já têm uma experiência no país de origem e que encontraram uma nova oportunidade.
“Aqui vão ter visibilidade, as pessoas vão conhecê-los, procurá-los e podem ser inseridos no mercado de trabalho. A Vila entra com a estrutura, a Secretaria com o apoio de triagem dos grupos que vêm para cá. Nós vamos dar orientação quanto a montagem de prato e cardápio”, explica a diretora.
DIFICULDADES
Roselis diz que o objetivo é agregar ofertas no espaço da Vila Urbana. “Tinhamos todos as operações ocupadas antes da pandemia, depois muita gente foi embora, não conseguiram suportar. Abria, fechava, períodos muito longos de incertezas que judiaram de todos. Agora, estamos retomando um rumo de novo interessante”.