Política
Luiz Carlos Hauly assume oitavo mandato na Câmara Federal
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a vaga do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) será preenchida por seu suplente, o economista Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR).
Ele teve 11 mil votos em 2022.
“Sempre fui adversário do PT, mas temos muitos pontos em comum, como a questão do arcabouço fiscal, a reforma tributária e outras reformas estruturantes”, disse, em entrevista ao Estadão.
“Não estou mais para fazer oposição enfática, como fiz no passado. Estou mais para construir pontes do que arrebentar pontes.”
O paranaense de 72 anos é um político experiente: foi deputado federal por sete mandatos consecutivos, de 1991 a 2019.
Hauly deve focar o mandato no campo econômico.
Ele é autor de uma proposta de criação de um imposto simplificado, chamado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na reforma tributária em discussão no Congresso.
Hauly atuou como secretário estadual da Fazenda do Paraná por duas vezes, nas gestões de Alvaro Dias (de 1987 a 1990) e de Beto Richa (de 2011 a 2013).
Também foi prefeito da cidade natal dele, Cambé, na Região Metropolitana de Londrina, de 1983 a 1987.
Caçula de oito irmãos, Hauly foi eleito vereador aos 22 anos. Além do Podemos, o paranaense já foi filiado ao MDB, PP e PSDB.
REFORMA POLÍTICA
O novo deputado federal também defende a reforma.
Vou trabalhar também a reforma política. Além de ter o pior sistema tributário do mundo, o Brasil tem o pior sistema eleitoral do mundo. O voto proporcional não tem mais lugar no mundo. Tem que ser voto distrital, puro ou misto. Não tem mais lugar para um presidente da República imperial, como é hoje. A maioria dos países do mundo tem semipresidencialismo. Uma pessoa só não se dá conta de ser chefe de Estado e chefe de governo. Evoluir o sistema é necessário. Com um primeiro-ministro, é muito mais ágil trocar um governo que não vai bem, que teve casos de corrupção. Nós vimos no caso do Collor e da Dilma que é muito difícil derrubar um presidente e causa traumas irreparáveis na economia e na política”, resumiu.