As aulas na Universidade Federal do Paraná voltam ao normal na segunda-feira.
No dia seguinte, o Conselho Universitário vai avaliar a proposta dos diversos departamentos sobre os ajustes do calendário escolar para recuperar o período da greve. Representantes dos alunos acreditam num prejuízo equivalente a seis meses.
O ministro da Educação, Camilo Santana, criticou a paralisação.
“Acho que não havia motivo. Greve a gente entra quando não há diálogo, quando se chega ao limite da negociação. Vamos lembrar que o governo passado não deu um reajuste. E, no primeiro ano do presidente Lula, ele deu 9% para todos os servidores, mais que o dobro da inflação. A ideia inicial do governo federal era dar 4,5% por ano durante os quatro anos, mas resolveu antecipar os 4,5% de 2024 para 2023, considerando esses anos todos sem reajuste”, disse Santana em entrevista à Agência Brasil.
A interrupção da greve, no entanto, não significa o retorno imediato às aulas e outras atividades acadêmicas, a nível nacional.
Cada universidade tem autonomia administrativa para restabelecer seu calendário para finalização do 1º semestre letivo de 2024 e para o início do 2º semestre letivo de 2024.
Os professores da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, anunciaram que retornam às aulas na próxima quarta-feira (26).
Durante o final de semana, o comando nacional de greve vai tabular as respostas das seções sindicais, secretarias regionais e dos comandos locais de greve sobre a continuidade ou término do movimento paredista.
Também vai analisar o encaminhamento de retorno das atividades e início da reposição, se na próxima semana ou se apenas no início de julho.
O retorno das aulas também depende do trabalho prestado pelo pessoal técnico e administrativo que, entre outras atividades, é responsável por processar os novos calendários acadêmicos e efetuar eventuais trancamentos de matrícula nos departamentos universitários.
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) também está analisando os resultados da rodada de assembleias das entidades de base ocorridas ao longo desta semana.
Os docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deliberaram pelo encerramento da greve da categoria e estabeleceram o retorno das atividades paralisadas a partir de 24/06. Em respeito à decisão democrática estabelecida em assembleia e considerando o fato do calendário acadêmico ainda estar vigente, a Administração da Universidade orienta as coordenações de curso, departamentos, docentes e estudantes pelo retorno às suas atividades na referida data.
A Administração da Universidade dará prioridade, a partir de hoje, à elaboração de uma proposta de readequação do calendário acadêmico do ano letivo de 2024, tendo como objetivo levar a proposta para a análise e deliberação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) na data de 25/06 (próxima terça-feira).
A proposta de readequação do calendário deverá ser norteada pelas diretrizes apresentadas à Comunidade Acadêmica no dia 13/06 pela gestão da UFPR em conjunto com os diretores de setor. Desde já, a Administração da UFPR se coloca inteiramente à disposição de estudantes, técnico-administrativos, docentes, coordenações de curso, chefias de departamento, Fórum de Coordenadores e Direções de Setor/Campi para esclarecimento e sugestões quanto à readequação do calendário acadêmico.
A UFPR conta com a participação e a colaboração de todos na discussão da readequação do calendário acadêmico e na sua efetiva implantação, visando principalmente a formação das nossas estudantes e dos nossos estudantes.
