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Saúde

Crise provoca redução do setor pediátrico em hospitais

Hospitais infantis se encontram cada vez mais lotados, o crescimento de pacientes é um efeito do aumento do vírus respiratório chamado Sincicial, também conhecido como VSR, responsável por desenvolver a bronquiolite em crianças de até 2 anos. De acordo com o último boletim divulgado pela Fiocruz, o VSR é responsável por 58% dos casos de síndrome respiratória aguda grave, provocando a elevação do número de internações em unidades de saúde de todo o país. Além disso, os leitos do setor de pediatria para atendimentos de urgência e emergência são cada vez menores.
A redução do setor de pediatria não é uma crise recente. De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), sistema do Ministério da Saúde, o Brasil perdeu mais de 18 mil leitos pediátricos nos últimos 17 anos, refletindo na redução de 25,6% nas vagas hospitalares para crianças entre 2005 e 2022. O levantamento também concluiu que a maioria dos leitos fechados estava no sistema público de saúde.
Para a dra. Marcelle Bonomo, médica pediatra e coordenadora do curso Pediatria na Prática do Grupo CONAES Brasil, a ausência de departamentos especializados em pediatria nos hospitais não é uma simples questão de espaço ou recursos, é uma questão de especialização e infraestrutura.
 “A falta de especialistas pediátricos é um problema grave, principalmente porque a pediatria requer equipamentos e espaços que atendam às necessidades específicas das crianças, algo que nem todos os hospitais conseguem fornecer”, explica.
A pediatra explica que a falta desses setores especializados não apenas diminui a qualidade do atendimento infantil, mas também leva à superlotação dos poucos serviços de emergência pediátrica disponíveis.
Isso resulta em menor acessibilidade aos cuidados de saúde infantil e na contratação de médicos que não são especializados em pediatria, aumentando o risco de falhas no tratamento e falta de continuidade nos cuidados de puericultura e subespecialidades.
No último mês, Moreno Moreira Nascimento, de apenas 2 anos, morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pela falta do atendimento feito por especialistas.
A família do pequeno afirmou que a unidade não tinha equipamento de raio-X, com isso, após cinco visitas ao posto, médicos concluíram que a pneumonia bacteriana, apontada no laudo médico, era apenas uma virose ou um resfriado.
Dra. Marcelle destaca que o tratamento realizado em crianças é intrinsecamente diferente do que tratar adultos. Isso porque o processo começa com uma percepção aguçada e uma análise cuidadosa da história clínica e do exame físico.

“A chave para o cuidado infantil é a observação e a abordagem individualizada, o que demanda um conjunto de habilidades e conhecimentos específicos. Sem esse cuidado, há grandes chances de haver diagnósticos incorretos”, diz a pediatra, a coordenadora do curso Pediatra na Prática, do grupo CONAES Brasil.

Sobre o CONAES (@conaesbrasil): 
O Grupo CONAES é uma instituição de ensino focada em qualificação médica desde 2016. Com mais de 20 mil alunos, a rede de ensino oferece serviços para estudantes de medicina e médicos recém-formados. A CONAES é pioneira no seu setor, há oito anos no mercado assessorando quem escolheu a área médica. A instituição oferece cursos livres de extensão reconhecidos pelo MEC nas áreas de cardiologia, oftalmologia, ortopedia, neurologia, pediatria e CCAN – Capacitação Avançada em Medicina Endocanabinoide, voltada para prescrição de medicamentos à base de Cannabis medicinal. Saiba mais em: https://conaesbrasil.com.br/

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