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Empreendedorismo

Grandes players discutem o futuro do biogás e do biometano

O 9º Fórum do Biogás, maior evento deste setor na América Latina, promovido pela Associação Brasileira de Biogás, reuniu na última semana, em São Paulo, representantes de entidades públicas e privadas para discutir os desafios do desenvolvimento energético e apresentar as soluções para o mercado.

Estudo da consultoria McKinsey, apresentado em um dos painéis do evento, destacou um potencial de mercado de 7,7 bilhões de dólares para o biometano, graças à alta disponibilidade de matéria-prima, o que aponta o Brasil com chance de alcançar uma produção 460 milhões de MMBTU até 2030, cerca de 30% da demanda de gás natural doméstica.

Grandes players da indústria nacional e internacional, presentes no evento, validam esse potencial e foram unânimes sobre o crescimento do mercado nos próximos anos, em especial com incentivos do governo e investimentos de grandes empresas. Nos painéis do evento, especialistas destacaram a necessidade da criação de uma regulação e incentivos para biogás e biometano, bem como para o mercado de carbono.

O coordenador-geral de biodiesel e outros biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Renato Cabral Dias Dutra, afirmou que o planejamento energético nacional tem sido pensado para os próximos 30 anos e que o governo trabalha em mudanças e acordos internacionais, bem como na expansão do mercado de hidrogênio. “Visamos a oferta e a disponibilidade desses serviços energéticos com preços acessíveis e pensamos na diversidade de fontes, já que há a necessidade de trabalhar com um mix de fontes de geração e de armazenamento de energia, para assegurar a estabilidade do sistema elétrico. Objetivamos expandir a geração do biogás de diversas formas, via aterros sanitários, indústrias de alimentos e sucroenergética”, afirma.

Uma das empresas que estimula os seus clientes a reduzir os impactos ambientais por meio de aplicações de novas tecnologias voltadas à eficiência energética, captura, sequestro e conversão de gases de efeito estufa, a Air Products, apresentou no evento os seus serviços em engenharia para purificação (Upgrading) de Biogás e produção de biometano.

A empresa apoia a alternativa como benéfica ao meio ambiente já que, com a purificação do biogás, obtém-se o biometano, que pode ser utilizado para fins veiculares, instalações residenciais, industriais e comerciais. “A queima do biometano como combustível, é mais benéfica pois evita a emissão do metano, que tem o potencial de aquecimento de aproximadamente 80 vezes maior que o do CO2. O biogás é o biocombustível obtido pela fermentação anaeróbica de matéria orgânica, ou seja, resíduos residenciais ou industriais”, conta Pedro Henrique Fernandes Batista, gerente de Desenvolvimento de Negócios Não-Convencionais da Air Products.

“Estamos alinhados com o objetivo mundial de descarbonização e estabelecemos a meta ‘1/3 até 2030’ para reduzir as nossas emissões. Por meio de nossos produtos e serviços, nossos clientes evitaram a emissão de 72 milhões de toneladas de COna atmosfera, o que corresponde a 16 milhões de carros ou três vezes as nossas emissões diretas”, explica.

Segundo ele, a Air Products é reconhecida por oferecer a solução completa para garantir a entrega do biometano, já que instala, opera e mantém a planta com responsabilidade sobre a parte técnica, operacional e de manutenção. “O cliente tem o benefício pelo gás, sem precisar fazer um grande investimento, a partir do nosso modelo de negócio. Fabricamos ainda membranas para purificação (upgrading) do biogás para biometano, as quais já estão em operação em diversos projetos pelo mundo. O sistema de membranas de purificação retira os contaminantes do biogás de forma confiável e com baixo impacto ambiental. Por isso este sistema tem sido muito recomendado para obtenção de biometano, que pode ser utilizado para geração de energia térmica, elétrica, ou como combustível veicular, tornando assim os processos mais econômicos e sustentáveis”, conclui.

Para saber mais: https://www.airproducts.com.br

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