Com o cenário econômico atual, muitos se questionam sobre o futuro dos investimentos em renda fixa nos próximos meses. Em dezembro de 2022, o Copom (Comitê de Política Monetária) órgão do Banco Central manteve a taxa Selic a 13,75% ao ano, patamar que está atualmente.
Para 2023 e 2024, a taxa Selic é estimada para 11,75% e 9% ao ano, respectivamente, segundo o relatório Focus, mostrando que o Comitê de Política Monetária (Copom) avalia uma possível queda da taxa de juros a partir do ano que vem, mas com apreensão.
“Com expectativa de gastos governamentais maiores, o mercado observa muito o arcabouço fiscal, ou seja, o cumprimento de teto de gastos e um governo mais ou menos responsável com o uso da máquina pública, porém, as coisas podem mudar porque até mesmo a renda fixa está suscetível a imprevisibilidade”, comenta Luca Panelli, assessor de investimentos na iHUB Investimentos.
Além disso, os investimentos de renda fixa passarão por alterações em janeiro de 2023. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) irá implementar o uso da marcação a mercado, um novo método de cálculo para precificar os ativos de renda fixa (títulos públicos e crédito privado), com exceção dos bancários.
O que favorece o entendimento do investidor em relação ao impacto financeiro de uma possível saída do ativo antes do vencimento, podendo ser positivo ou negativo (ágio ou deságio), respectivamente.
É importante explicar que a taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizada pelo banco central para controlar a inflação, por isso, os investimentos de renda fixa continuam atrativos atualmente, afinal, Panelli explica que a taxa continuará em um percentual mais alto por uma janela de tempo maior.
“É um bom momento porque o mercado entende que a taxa ficará em um patamar atrativo por mais tempo, logo, os títulos com vencimentos a curto e médio prazo são algumas possibilidades. Lembrando que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”, diz o assessor de investimentos.
Quais os cuidados para investir em renda fixa hoje?
Nesse momento, é possível elencar diversas formas de realizar aplicações nesses ativos com cautela. Panelli ressalta que, por exemplo, quando o investidor renuncia à liquidez ele consegue taxas maiores, nos diferentes indexadores (Prefixado, CDI e Inflação) maior do que aplicações curtas.
“Dependendo da estratégia de diversificação do investidor vale a pena. É fundamental alinhar o horizonte de tempo do investidor, sendo que uma saída antes do vencimento do ativo pode acarretar prejuízo não só do rendimento, mas também do principal”, afirma.
O assessor de investimentos ainda comenta que é preciso ter cuidado para não travar uma parcela relevante do seu capital, caso necessite por algum imprevisto da vida, ou por conta de alguma oportunidade que apareça no mercado. Além disso, deve-se conhecer a contraparte, os resultados, reputação, solidez, garantias entre outros pontos dos ativos que optar por investir.
Por outro lado, com uma eventual queda da taxa de juros, tomar dinheiro emprestado fica mais barato, o que estimula o consumo. É uma relação inversa, que favorece tanto as ações como os FIIS. Porém, a valorização não depende exclusivamente disso. Devemos estar atentos a todas oportunidades, o correto é comprar o guarda-chuva em dia de sol.
“Levando em consideração o desconto tanto dos FIIS como das ações, pode ser um momento interessante para começar, ou aumentar a exposição. Ainda assim, existem outros fatores que devem ser levados em consideração para tomar a decisão de qual a melhor estratégia e composição de carteira para o momento. Devemos sempre respeitar nosso perfil e limite de exposição”, finaliza Panelli.
Sobre iHUB Investimentos
A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos. Possui mais de 3,5 mil clientes, somando mais de R$1 bilhão em valores investidos sob custódia.
