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Saúde

Pesquisa revela que 42% dos brasileiros estão trabalhando ao menos 40 horas a mais por mês

Para especialista Patricia Y. Agopian, o excesso de trabalho não funciona como uma ponte para o crescimento profissional, mas sim para um burnout

A escassez de emprego e a alta competitividade tem levado muitos profissionais do mercado corporativo a exceder a carga horária da sua jornada de tralho, seja para mostrar desempenho e garantir a sua vaga ou para mirar em uma promoção. Não à toa, uma pesquisa recente realizada pela Oracle e Workplace Intelligence, feita com 12 mil funcionários de 11 países, identificou que um dos problemas relatados foi a dificuldade de separar a carga horária de trabalho com o tempo livre. Entre os brasileiros, 42% disseram que estão trabalhando ao menos 40 horas a mais por mês – percentual acima da média global (35%). Para a especialista em carreira, Patrícia Y. Agopian, trabalhar muitas horas não é sinônimo de sucesso profissional, além de desencadear distúrbios emocionais como a Síndrome do Esgotamento Profissional, mas conhecida como burnout.

 “Os gestores precisam ter responsabilidade moral e emocional sobre a sua equipe, porque dependendo do nível que aquele profissional for pressionado, isso acarretará o desenvolvimento de alguma doença ocupacional como o burnout. Estipular metas e garantir resultados faz parte da vida corporativa de qualquer profissional, mas a maneira com que essas cobranças são feitas é que faz a diferença. Não adianta o líder de equipe traçar objetivos inalcançáveis e depois fazer o seu time trabalhar dobrado, levando-os ao esgotamento, ou cobrar excessivamente ao ponto disso se tornar uma ameaça que prejudique a sua estadia na empresa”, explica a CEO da Bússola Executiva, escola on-line de aceleração de carreira que já educou mais de 3 mil brasileiros.

 Crescimento profissional não está relacionado a longas jornadas de trabalho:

Ainda segundo a especialista em carreira, trabalhar mais horas por dia não é sinônimo de uma garantia de vaga ou promoção, mas sim uma boa formação, um plano de carreira e uma estratégia para executar essa caminhada. “É claro que ter uma boa formação e certas especializações vão ser fundamentais para alcançar seus objetivos profissionais, mas o que vemos hoje em dia são pessoas sem saber onde querem checar e ou sem um planejamento de carreira. Onde você quer chegar? E o que e como pretender chegar até lá? O melhor executor, não necessariamente vai se tornar um executivo ou o melhor gestor por conta delas. É necessário equilibrar essa balança. A falta de planejamento pode levar a estagnação, baixa produtividade, frustração, vitimismo e procrastinação”, explica Patricia Y. Agopian.

De acordo com a paulista que atuou 20 anos como executiva de compras no varejo, para crescer no meio corporativo, o profissional precisa evoluir suas habilidades. “No começo, ele precisa entender como a execução funciona, ir muito bem na execução e começar a conduzir pessoas. Em seguida, ele começa a pensar na melhor estratégia para que a execução aconteça em linha com as metas e lá em cima, seja apenas estratégico. Para isso, o profissional precisa de um plano. Se desenvolver tecnicamente é mais fácil, mas para chegar a um cargo de liderança, a pessoa precisa se desafiar, aprender novas habilidades, novas capacitações. Isso é diferente de trabalhar muitas horas na execução”, explica.

Sobre Patrícia Y. Agopian:

Patrícia é referência como especialista em formação de carreira executiva, alta performance e em aceleração da jornada profissional. Com mais de 20 anos de atuação no mundo corporativo, já teve passagem por grandes empresas, como C&A, Centauro e Etna. Hoje, como CEO e fundadora à frente da escola on-line Bússola Executiva, já formou mais de 2.600 alunos que almejam um cargo em uma cadeira executiva. Com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec, atua como palestrante e mentora de executivos e profissionais em busca ou que ocupam cargos de liderança.

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