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Vereadores lamentam chacina, Francischini pede “ação exemplar da polícia”

Carro com sete pessoas foi alvejado por mais de 20 tiros na noite de segunda-feira, com quatro mortes.
Vítimas incluem duas crianças e polícia suspeita de disputa entre facções.

“Foi um crime brutal. A gente precisa de uma ação exemplar da polícia, para mostrar que não se pode ter disputa por locais de venda de drogas [em Curitiba]. Isso não pode continuar existindo. Foram mais de 20 tiros, que a população confundiu com fogos de artifício”, alertou a vereadora Flávia Francischini (PSL), na abertura da sessão plenária desta quarta-feira (9), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

A chacina aconteceu na noite de segunda (7), na rua Pinheiro Guimarães, no bairro Portão.

Filmagem mostra quando o Fiat Palio, com sete pessoas, foi abordado por outro veículo, começando os disparos.

Flávia Francischini lamentou que o episódio tenha tirado a vida de dois meninos, de 8 e 6 anos de idade.

“São crianças que não chegaram a crescer e que hoje poderiam estar indo para a escola. Isto é muito triste”, lamentou.

Pedindo desculpas por uma fala mais dura, ela rogou aos órgãos de segurança por uma resposta à sociedade, e fez alusão, dialogando com Eder Borges (PSD), à frase “bandido bom é bandido é morto”.

Renato Freitas (PT) e Osias Moraes (Republicanos), ao comentarem a chacina, também pediram o esclarecimento do ocorrido, mas discordaram da opinião da parlamentar sobre a forma adequada de punição aos envolvidos.

“Não concordo com a máxima de que ‘bandido bom é bandido morto’, porque creio no arrependimento e na conversão do cidadão, que ele precisa ter a chance de mudar de vida”, respondeu Osias Moraes, relatando parte do seu trabalho missionário em delegacias e penitenciárias.

“Claro que vão pagar por seus crimes, não há que isentá-los [da responsabilidade]. Podem ser perdoados nos corações pela própria palavra da fé, mas terão que cumprir com a lei perante a nossa sociedade”, concluiu o parlamentar, que é também pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.

“A chacina no bairro Portão é um acontecimento lamentável”.

“Lamento e tenho um pesar profundo pela violência que assola as comunidades periféricas em Curitiba”, disse Renato Freitas, “mas não posso incorrer na contradição [da frase] ‘bandido bom é bandido morto’. Bandido é qualquer um que comete um crime. Quem corta uma árvore protegida, deve morrer? Aquele que tomado pela fome furta um miojo para a família merece morrer? Acredito que não, que a valorização da vida só se dará pela valorização da vida, pelo amor e a prática da Justiça deve obedecer a legislação”, comentou o parlamentar, frisando que a Constituição não admite pena de morte.

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