
No dia 21 de Março é celebrado o “Dia Internacional da Síndrome de Down”.
Para marcar a semana, o UniBrasil traz histórias e lembranças do projeto pelo doce olhar das famílias dos alunos com síndrome de down.
O projeto Ampliar foi idealizado em 2012 pela professora do curso de educação física, Eliana Patrícia, como parte do programa de extensão do UniBrasil.
O programa nasceu com o objetivo principal de, por meio da natação, promover lazer, reabilitação e preparo desportivo para pessoas com deficiência, dentre elas, pessoas com síndrome de down.
Além disso, o projeto atua como uma necessidade de convívio entre ciência e sociedade, ou seja, o UniBrasil devolve a pesquisa acadêmica como forma de serviço para o público externo.
Com isso, atualmente, são atendidas 125 pessoas sendo 17 que apresentam a síndrome de down.
Somos Gabriéis
Enquanto a entrevista com a Professora Eliana Patrícia acontece à beira da piscina, os Gabriéis fazem o treino do dia: crawl, só braço, só perna, respiração e muita energia na água.
Fora do ginásio, uma rodinha de mamães com aquele bate-papo que rola todo treino.
Maria de Fátima do Santos é mãe do Gabriel Ferreira, o menino que é dançarino, ciclista e pilateiro, mais conhecido como o Gabriel que não come pizza, um assunto à parte.
Ele está no Projeto Ampliar há oito anos, chegou tímido, não se alimentava direito, apresentava quadro de bronquite e pouco desenvolvimento. Atualmente, ele não tem mais crise asmática, se alimenta sem restrição e tem autonomia.
“No Ampliar, não só o meu filho evoluiu, eu também cresci como mãe de uma criança especial, é um aprendizado para todos nós. O Gabriel vem para a aula, eu venho para conviver com outras mães, e assim, nos tornamos uma rede de apoio uma para com as outras”, explica Maria de Fátima.
Enquanto isso na piscina, ao observar o treino do Gabriel Ferreira, a professora Eliana Patrícia faz uma exceção.
“Olha o nado do Gabriel Ferreira, é perfeito, você só descobre que ele é uma pessoa com síndrome de down quando você olha no rostinho dele”.
No projeto, os alunos têm a oportunidade de aprender a nadar, mas com o tempo, seus desempenhos evoluem, em seguida, começam a disputar campeonatos, maratonas aquáticas e disputas de alto rendimento, “e é aí que precisamos deixar eles voarem”, explica emocionada a Professora Eliana.
Alegre, espontânea e que gosta de uma prosa é a Maristela Inácio Berti, mãe do Gabriel Berti.
Berti é um menino que pratica natação, faz musculação, fisioterapia, faz parte do grupo de jovens da sua igreja e adora as redes sociais.
“A natação, a academia e a fisioterapia o Gabriel faz aqui no UniBrasil, temos uma gratidão enorme pela faculdade, que proporciona ao meu filho uma vida saudável, bem-estar, saúde e muita história. A vida do Gabriel é mais feliz aqui”, declara a mamãe coruja.
Ao conversar com a Maria Fátima e Maristela, mães dos Gabriéis, percebemos a rede de união entre às mães, logo muitas histórias engraçadas começaram a surgir.
Uma delas, é a lembrança da primeira viagem dos dois para competição “fomos juntas”, cravaram as duas.
Mas, calma, elas disseram que dão toda autonomia, liberdade e espaço para o desenvolvimento dos filhos, mas é claro, que como toda mamãe, na primeira viagem elas foram ver como era.
“A viagem foi demais, ver a alegria deles, pareciam dois pintinhos fora do ninho”, declara Maristela.
Os Gabriéis estudam juntos na Escola Primavera, treinam, nadam e competem juntos. A harmonia dos dois é perceptível dentro da piscina. E ambos, ao olharem um para o outro disseram: “gosto de nadar”, mencionando para a equipe que ali eles estavam em casa.